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Norte-americanos demoram cada vez mais para comprar casa própria

08 nov 2019, 8:22 - atualizado em 08 nov 2019, 8:22
A escassez de moradias populares em todo o país, juntamente com juros mais baixos de hipotecas, elevou os preços nas cidades (Imagem; Pixabay)

Diante da valorização dos imóveis e da pilha de dívida estudantil, os norte-americanos adiam cada vez mais o momento de comprar a casa própria.

A idade média de quem compra um imóvel pela primeira vez aumentou para 33 anos, o nível mais alto desde que os dados começaram a ser coletados em 1981, segundo relatório da Associação Nacional de Corretores de Imóveis divulgado na sexta-feira. A idade média de todos os compradores também atingiu um novo recorde: 47 anos. É o terceiro aumento consecutivo e bem acima da idade média de 31 anos em 1981.

Embora a idade média de quem compra um imóvel pela primeira vez tenha subido em apenas um ano, o aumento reflete uma variedade de fatores enfrentados por americanos em busca da casa própria.

A escassez de moradias populares em todo o país, juntamente com juros mais baixos de hipotecas, elevou os preços nas cidades. Ao mesmo tempo, empréstimos estudantis e outras dívidas tornam mais difícil economizar os milhares de dólares necessários para dar entrada em um imóvel. Além disso, padrões rígidos de financiamento podem dificultar a obtenção de um empréstimo bancário para indivíduos com histórico de crédito de pontuação baixa.

“Moradias de preços acessíveis são tão difíceis hoje, especialmente quando combinadas com o aumento do aluguel e empréstimo estudantil, que as pessoas estão encontrando maneiras diferentes de comprar o primeiro imóvel”, disse Jessica Lautz, vice-presidente de informações demográficas e comportamentais do grupo Realtors, em Washington.

As características dos proprietários mudaram nos últimos anos. A parcela de casados diminuiu, enquanto a participação de pessoas com união estável e solteiros aumentou.

A maior idade dos compradores foi acompanhada do aumento da renda anual, que subiu para US$ 93.200 em 2018. A escassez de moradias mais baratas expulsou do mercado potenciais compradores de baixa renda.

A pesquisa foi realizada com 5.870 pessoas que compararam a casa própria no período entre julho de 2018 e junho de 2019.

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