Política

‘Nos parece muito difícil o Lula vencer a eleição’, diz CIO da Mar Asset

25 nov 2025, 15:07 - atualizado em 25 nov 2025, 15:07
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Lula, presidente do Brasil (Foto: Reuters/Adriano Machado)

“Nos parece muito difícil o Lula vencer a eleição de 2026″, afirmou o fundador e CIO da Mar Asset, Bruno Coutinho, no evento UBS WM Latin America Summit.

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Segundo ele, o “espírito do tempo” aponta para uma guinada contínua para a direita política desde 2012. “O ponteiro político brasileiro caminhou para a esquerda até 2012, e, de 2012 para cá, vem caminhando para a direita a cada eleição”, disse.

O gestor afirma que esse movimento — somado à distribuição geográfica dos votos e ao comportamento de eleitores por perfil religioso — reduz significativamente a probabilidade de reeleição do atual presidente. “Nós acreditamos que o Lula não é o favorito para as eleições”, afirmou.

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Ele argumenta que a performance de Lula em 2022 refletiu mais a rejeição ao adversário do que adesão ao petista e que, para se reeleger, precisaria ter o ex-presidente Jair Bolsonaro como oponente, mas essa probabilidade “diminui a cada dia”. Vale destacar que Bolsonaro está em prisão preventiva e inelegível.

“A performance do Lula representa mais a rejeição a figura do Bolsonaro, do que as pessoas votando propriamente no Lula”.

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Coutinho também destacou que o contingente de eleitores que hoje declara voto branco, nulo ou indecisão nas pesquisas eleitorais tende a rejeitar o governo. “A tendência é que, nos próximos meses, nós veremos essas intenções de votos migrando para uma coisa muito mais parecida com a avaliação do governo”, afirmou.

O CEO and CIO Verde Asset, Luis Stuhlberger, por sua vez, diz preferir acompanhar a taxa de avaliação “ruim e péssimo” do governo nas pesquisas como indicador eleitoral. “Quem avalia o governo em ruim e péssimo não vai votar nele, certo? A história mostra que é isso”.

O gestor destacou que esse índice vinha em torno de 41% no início do ano, mas recuou para a cerca de 33% recentemente. Ele reforçou que se trata de um “fator mutante”, sujeito a choques de curto prazo, mas essencial para entender como o mercado precifica risco político.

Na leitura da Verde Asset, os preços dos ativos hoje embutem algo como “60% a 40% de não Lula”. Stuhlberger ressaltou que, apesar de o governo ter medidas populares para 2026 — como a isenção da faixa do Imposto de Renda e propostas de passe livre no transporte — o mercado vê oportunidades relevantes caso ocorra uma troca de governo.

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Ele também elogiou o potencial de uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas. “Teríamos um presidente com o nível de preparo tanto político quanto intelectual e de economia como nunca tivemos”, disse.

Ao comparar um eventual quarto mandato petista aos anteriores, Stuhlberger ponderou que os efeitos negativos não seriam imediatos, mas poderiam se acumular. Ele alertou, porém, que a dinâmica fiscal atual pode ser mais desafiadora do que o mercado precifica.

Para o gestor, a capacidade do governo de aprovar medidas mesmo com minoria no Congresso pode gerar desgaste caso um novo ciclo de aumentos tributários seja necessário. “Eu acredito que daria um estresse enorme”, afirmou.

Lula aparece à frente em pesquisas eleitorais

Apesar das avaliações dos gestores, Lula aparece à frente nas pesquisas mais recentes. No levantamento CNT/MDA, o presidente lidera todos os cenários para a eleição do ano que vem e registra avanço tanto na avaliação positiva do governo federal quanto na sua avaliação pessoal.

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De acordo com o levantamento, Lula lidera o cenário com Bolsonaro, com 39% contra 27% do rival.  Outros candidatos neste cenário — o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes; os governadores do Paraná, Ratinho Jr.; de Goiás, Ronaldo Caiado; e de Minas Gerais, Romeu Zema —, não chegam a 10% individualmente.

Em uma simulação com o governador de São Paulo, Lula teria 42% contra 22% de Tarcísio.

O atual presidente também tem vantagem nos cenários de segundo turno, segundo o levantamento. Contra Bolsonaro, venceria por 49% a 37% e, num duelo com Tarcísio, venceria por 46% a 39%.

A pesquisa apontou ainda que a avaliação positiva de Lula somou 34%, ante 31% em setembro; ao passo que a negativa ficou em 36%, ante 40% na pesquisa anterior.

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Já em relação à aprovação pessoal de Lula, o levantamento apontou que 49% desaprovam o presidente, mesmo patamar da pesquisa anterior, ao passo que os que aprovam somam agora 48%, ante 44%.

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