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‘Nossa barra sobe todo dia’; como o Itaú (ITUB4) quer continuar no topo, segundo CEO

05 nov 2025, 11:58 - atualizado em 05 nov 2025, 11:58
Milton Maluhy Filho
"A gente tem que sempre encontrar o ponto ótimo entre crescimento e rentabilidade, alocando bem o capital" (Imagem: Divulgação/ Itaú)

O Itaú (ITUB4) não cansa de bater recordes — seja na bolsa, renovando máximas históricas e ultrapassando a Petrobras (PETR4) em valor de mercado, seja na planilha, com lucros cada vez maiores.

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Na noite da última quarta-feira, o banco divulgou lucro de quase R$ 12 bilhões, o maior da sua história. Caberiam um Santander (SANB11), que lucrou R$ 4 bilhões, e um Bradesco (BBDC4), com lucro de R$ 6 bilhões, nessa conta — ainda sobrariam R$ 2 bilhões de folga.

A questão que se coloca é: como o banco quer continuar no topo — e onde há espaço para mais crescimento?

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Na sessão desta quarta, o papel recuava 1,28%, a R$ 39,45, sinal de que investidores preferiram realizar parte do lucro a aumentar posição.

Dois pilares

Em teleconferência com jornalistas, o CEO Milton Maluhy citou dois pilares fundamentais para o Itaú: crescimento e rentabilidade.

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E, de fato, o banco mantém a barra lá em cima, com ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) em 23%, enquanto outros bancos ainda lutam para alcançar a marca de 20%.

“A gente tem que sempre encontrar o ponto ótimo entre crescimento e rentabilidade, alocando bem o capital. Eu não vejo, no curto prazo, nenhuma mudança de tendência nos 20%, apesar de, de novo, não darmos guidance”, afirmou.

Maluhy disse ainda que o melhor indicador não é o preço da tela, pois o valor está sempre sujeito a volatilidades e fatores fora do controle do banco.

“No longo prazo, o que é importante? Primeiro, temos mantido um nível de rentabilidade acima do ROE que os modelos em geral utilizam para descontar o valor da nossa ação. Outro aspecto que tem muita importância para a qualidade dos resultados é a consistência.”

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Ele acrescenta que consistência significa baixa volatilidade. Ou seja, quando o banco consegue crescer com qualidade e rentabilidade — mesmo em cenários desafiadores —, entrega resultados com estabilidade e previsibilidade.

“Isso tem um valor importante para os modelos dos analistas. De novo, o nosso compromisso com o acionista é gerar valor no longo prazo.”

O que esperar de 2026?

Entregando lucros dentro do esperado, o mercado já se pergunta como será o próximo ano do banco, marcado por eleições e, provavelmente, corte de juros.

“Deve ser um ano em que a economia cresça menos do que neste ano, que já cresce menos do que o ano passado”, disse o CEO.

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As causas, segundo ele, passam por uma política fiscal mais expansionista e uma política monetária mais restritiva, com juros a 15%.

“É evidente que, num cenário de juros mais altos e mais incerteza, todos operam com um nível de cautela maior.”

Mesmo assim, o banco segue confiante de que vai conseguir navegar bem por um cenário de águas agitadas, como tem feito nos últimos anos.

“Não estamos encontrando dificuldade em identificar oportunidades de crescimento, especialmente em segmentos e clientes que entendemos como resilientes em ciclos mais longos.”

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Ainda segundo ele, o Itaú nunca esteve tão preparado para enfrentar qualquer cenário.

“Se encontrarmos oportunidade e entendermos que o mercado oferece condições, vamos acelerar; se for momento de cautela, seremos mais cautelosos. O balanço do banco está muito protegido, bem provisionado e sólido em capital e liquidez.”

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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