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Nova onda da Covid-19 coloca freio na recuperação da Azul

07 maio 2021, 14:43 - atualizado em 07 maio 2021, 14:43
Azul
Para a Ágora Investimentos, a companhia ainda vive o risco dos casos de Covid-19 voltarem a aumentar (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A pandemia de Covid-19 ainda é o maior problema para a Azul (AZUL4). A companhia aérea apresentou mais um conjunto de resultados trimestrais negativos, marcado por perdas bilionárias devido à queda na demanda.

O Safra manteve posição de cautela sobre o nome, dado o cenário incerto em que a empresa está inserida. Embora tenha reconhecido os esforços da Azul em aliviar os impactos no curto prazo, a equipe de análise acredita que as perdas devem continuar se acumulando nos próximos trimestres devido ao peso dos custos fixos.

“No caso de uma recuperação da demanda mais rápida do que o esperado, os custos postergados devem manter as margens sob pressão, adiando a recuperação financeira da companhia”, disse Luiz Peçanha, autor do relatório divulgado pelo Safra ontem.

Para a Ágora Investimentos, a aérea ainda vive o risco dos casos de Covid-19 voltarem a aumentar. O atraso no processo de vacinação contra a doença no país também pode prejudicar o ritmo de recuperação da Azul.

Por outro lado, a corretora destacou que a empresa está mais do que apta para superar a crise.

“A Azul reportou uma robusta posição de caixa de R$ 3,3 bilhões, que, combinada com R$ 6,3 bilhões em depósitos, reservas de manutenção e contas a receber, parece suficiente para superar a pandemia de Covid-19”, afirmou o time de research.

O BB Investimentos foi da mesma opinião e disse que continua confiante com a disciplina de capital da companhia. Para a instituição, a recuperação da Azul deve acelerar em 2022.

“A recuperação, ainda que lenta, deverá ganhar maior tração em 2022, com uma demanda reprimida querendo viajar após a pandemia”, destacou o analista Renato Hallgren.

Levando em consideração as elevadas incertezas em relação aos próximos resultados da Azul, o Safra colocou a recomendação e o preço-alvo da ação sob revisão.

Já a Ágora manteve sua recomendação neutra para o papel por ver um equilíbrio risco-retorno pouco atraente. A corretora reduziu o preço-alvo estimado em 2021 em 5%, para R$ 38.

O BB Investimentos, apostando na recuperação ao longo dos próximos trimestres com o avanço da vacinação, seguiu com recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 45.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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