Internacional

Nova política chinesa de 3 filhos provoca ceticismo e dúvidas sobre custos

01 jun 2021, 9:59 - atualizado em 01 jun 2021, 9:59
Criança China
A grande mudança de política incluirá medidas de apoio “propícias à melhoria da estrutura populacional de nosso país”, disse a agência de notícias oficial Xinhua (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

A decisão da China de permitir que as famílias tenham até três filhos foi recebida nesta terça-feira com ceticismo, e nas redes sociais surgiram expressões de dúvida sobre a diferença que pode fazer e pedidos de detalhes sobre o que as “medidas de apoio” incluirão.

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Na segunda-feira, a China anunciou que está suspendendo o limite de dois filhos na tentativa de incentivar mais nascimentos semanas depois de dados de um censo confirmarem o envelhecimento rápido e um declínio de fertilidade que coloca o país no rumo de um encolhimento de sua população, a maior do mundo.

A grande mudança de política incluirá medidas de apoio “propícias à melhoria da estrutura populacional de nosso país”, disse a agência de notícias oficial Xinhua.

“Não entendo bem. Qual é o significado de medidas de apoio?”, indagou um usuário do Weibo em uma postagem que recebeu mais de 128 mil curtidas e se tornou o comentário mais popular sobre a postagem da Xinhua sobre a política de três filhos.

Participantes de redes sociais citaram os custos altos de se criar filhos na China urbana, onde a moradia pode ser cara e crianças são submetidas a instrução particular em acréscimo ao ensino público em um sistema educativo altamente competitivo, como desestímulos a filhos.

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As mulheres do país já enfrentam uma disparidade de gênero crescente em termos de participação na mão de obra e remuneração, e vêm sua parcela de cuidados com os filhos crescer devido ao declínio da ajuda estatal, de acordo com um relatório do ano passado do Instituto Peterson de Economia Internacional.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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