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Nova varejista favorita? Ação da Americanas (AMER3) entra no radar do investidor e salta na semana

26 ago 2022, 18:03 - atualizado em 26 ago 2022, 18:03
Americanas
Na última sexta (19), após o fechamento do mercado, a Americanas comunicou que Sergio Rial, ex-Santander Brasil, será o novo CEO da companhia em 2023 (Imagem: Divulgação)

Mesmo com a queda desta sexta-feira (26), as ações da Americanas (AMER3) foram o destaque de alta da semana. Impulsionados pelo anúncio da chegada de Sergio Rial, os papéis acumularam valorização de 38,91% no período, coroando a varejista como a grande vencedora do Ibovespa no saldo dos últimos pregões.

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Na última sexta (19), após o fechamento do mercado, a Americanas comunicou em fato relevante que Rial, ex-CEO do Santander Brasil (SANB11), será o novo presidente da companhia a partir de 1º de janeiro de 2023, culminando na primeira troca de CEO em duas décadas.

A notícia pegou o mercado de surpresa, tanto que a companhia viu suas ações fecharem em disparada de mais de 22% na segunda (22). Um novo salto foi visto na terça (23), quando os papéis subiram 15%.

O movimento levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3 (B3SA3) a questionar as oscilações atípicas da companhia na Bolsa entre 10 e 23 de agosto.

Reação exagerada?

Breno Francis de Paula, especialista de varejo e consumo do Inter (INTR), diz que a reação dos investidores ao anúncio da troca de comando foi “plausível”.

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“Em nossas projeções, a Americanas estava com preço justo de R$ 32 antes mesmo do anúncio do Sergio Rial. Então, a apreciação era esperada independente da mudança de comando”, explica.

Francis de Paula comenta que o que muda com a chegada de Rial é a expectativa do mercado sobre a varejista. O mercado espera uma resposta mais dinâmica da companhia, afirma o analista.

Rial ficou conhecido pela sua atuação na cultura operacional e experiência do cliente no Santander. Segundo Francis de Paula, o trabalho que o executivo desempenhará na Americanas deve ter um foco similar. Soma-se a isso a expertise financeira que Rial trará para a Americanas.

“A jornada de compra e a motivação dos colaboradores deve passar por um grande impacto positivo”, completa.

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Henrique Tavares, analista da DVInvest, acredita que, com Rial no comando das operações a partir do próximo ano, a Americanas deve entregar uma estratégia de digitalização que conseguirá competir com os grandes players – não Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), mas os gigantes Mercado Livre e Amazon.

“Foi ele [Sergio Rial] o principal responsável por toda essa transição que estamos vendo nos grandes bancos, que estão caminhando para competir com as fintechs”, lembra Tavares.

O analista afirma que Rial mudou o Santander, ressaltando que o banco passou de uma instituição financeira pouco eficiente e sem características de boa gestão para a empresa com o melhor índice de eficiência do setor.

No radar dos investidores

Investidores deixaram as ações da Americanas de lado nos últimos meses. Para o especialista do Inter, a falta de interesse pode ser explicada pelo recente processo de reestruturação societária que culminou na combinação de negócios de Lojas Americanas e B2W.

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De acordo com o analista, as dúvidas que começaram a aparecer envolvendo a governança da Americanas após a fusão fez com que muitos investidores saíssem do papel à espera de mais clareza.

“Agora isso acabou. O negócio foi sacramentado e a estrutura de Americanas está mais enxuta e passível de capturar sinergias”, diz Francis de Paula.

O analista da DVInvest destaca que, enquanto as ações de Magazine Luiza e Via colhiam os frutos do boom do e-commerce brasileiro no período mais agudo da pandemia do coronavírus, o papel da Americanas, pela estrutura “confusa” antes da fusão, não conseguiu acompanhar a mesma trajetória.

Tavares comenta que a combinação de negócios trouxe clareza sobre as operações da Americanas, ajudando investidores a “olhar para os negócios digital e físico como uma coisa só”.

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Na avaliação do Itaú BBA, a Americanas deve voltar a ganhar a atenção dos investidores. Com a mudança gerencial, os investidores devem dar o benefício da dúvida para a Americanas, assumindo que mais valor poderá ser extraído do ativo em breve.

Nova queridinha do e-commerce brasileiro?

Se as expectativas em relação a Rial forem correspondidas, a ação da Americanas deve responder, pelo menos no médio prazo, diz analista (Imagem: Divulgação)

Especialistas do mercado concordam que a figura de Rial deve contribuir para dar mais visibilidade à Americanas. Isso não quer dizer, no entanto, que a mudança catapultará a varejista para o topo de preferência no setor de e-commerce brasileiro.

Francis de Paula, do Inter, explica que existem diferenças operacionais entre os três principais varejistas de e-commerce listados na Bolsa.

“Por exemplo, Via é mais robusta no desempenho em lojas físicas. Magazine Luiza é destaque de omnicanalidade e Americanas é a menos dependente de linha branca. Nesse sentido, as expectativas dos analistas e dos investidores podem ser distintas. Fica difícil afirmar que a Americanas pode ser a favorita do setor”, opina o especialista.

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Com ganhos de 21,16%, as ações do Magazine Luiza tiveram a segunda melhor valorização na semana.

Embora não dê como certo o favoritismo da Americanas, Francis de Paula enxerga um cenário empolgante para a empresa, com a captura de sinergias e a mudança de comando podendo gerar mais destaque e preferência para o nome.

Tavares, da DVInvest, comenta que, se as expectativas em relação a Rial forem correspondidas, a ação da Americanas deve responder, pelo menos no médio prazo.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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