Nubank (NU) dispara 10% após 2T25 acima do esperado; veja o que dizem os analistas
As ações do Nubank (NU) tinham alta expressiva nesta sexta-feira (15) após a empresa divulgar um lucro líquido de US$ 637 milhões (R$ 3,6 bilhões) no segundo trimestre de 2025, avanço de 11% frente ao trimestre anterior, e retorno sobre patrimônio (ROE) de 28%.
O resultado superou em 12% as estimativas do Itaú BBA e ficou 6% acima das projeções do Safra, apoiado em uma margem financeira líquida (NII) 11% maior e na expansão de 0,20 ponto percentual da margem de juros (NIM) no Brasil.
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Analistas, no entanto, seguem esperando que os papéis não avancem de forma significativa nos próximos meses, e continuam com recomendação “neutra” ou equivalente a isso. Por volta das 13h10, os papéis do banco subiam 10,3%, a US$ 13,25.
Para o Itaú BBA, o desempenho do segundo trimestre foi forte, com destaque para a recuperação das receitas de cartões, o crescimento consistente da carteira e provisões abaixo do esperado.
O banco ressaltou que a solidez da receita compensou o fraco avanço nas receitas de serviços e o aumento expressivo das despesas operacionais.
O Safra também avaliou o trimestre como positivo, atribuindo o ganho ao menor custo de captação e à melhora na NIM.
“A administração destacou, durante a teleconferência, que ainda há espaço para expansão do NIM, já que o banco busca reduzir o índice de empréstimos sobre depósitos (LDR) e manter o forte nível de originação”, escreveram os analistas.
Para o banco, a qualidade dos ativos ficou em linha com as projeções, com aumento sazonal da inadimplência no segundo trimestre.
Apesar do otimismo, o Safra manteve recomendação neutra, citando a crescente dependência de receitas ligadas ao crédito de alto rendimento em um cenário macroeconômico desafiador.
A XP Investimentos considerou os números sólidos e ligeiramente acima das suas estimativas, reforçando a expectativa de aceleração do lucro após dois trimestres estáveis.
A corretora destacou que a qualidade de crédito segue controlada, com queda de 0,30 ponto percentual na inadimplência de 15 a 90 dias no Brasil e alta moderada de 0,10 ponto percentual no índice acima de 90 dias.
Os analistas da casa chamaram a atenção para a expansão no México como segundo motor de crescimento, a seletividade na originação de crédito e iniciativas para diversificar receitas, como seguros, investimentos e cross-selling, elevando o valor médio por cliente.
A XP, no entanto, manteve recomendação neutra, avaliando que o papel já precifica boa parte do crescimento projetado.
Números do Nubank no trimestre
A carteira de crédito do Nubank somou R$ 148,2 bilhões, alta de 8% no trimestre e 40% em 12 meses, com crescimento mais robusto em cartões e desaceleração em empréstimos pessoais.
As provisões para perdas avançaram 1% no período, mas a NIM ajustada ao risco subiu 1 ponto percentual.
O banco encerrou junho com 122,7 milhões de clientes, acréscimo de 4,2 milhões no trimestre, e manteve inadimplência sob controle, apesar de uma leve piora em alguns indicadores.
As despesas operacionais, no entanto, cresceram 24%, pressionadas por gastos com marketing e remuneração baseada em ações, elevando o índice de eficiência para 28%.
