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Nubank (NUBR33) vai dar lucro no 1T22? Veja o que esperar do balanço

16 maio 2022, 15:23 - atualizado em 17 maio 2022, 8:10
Nubank
A base de clientes deve subir 53,9 milhões no trimestre passado para 57,6 milhões, dizem analistas.  (Imagem: Shutterstock/Wirestock Creators)

O Nubank (NUBR33) não deve apresentar lucro em balanço do primeiro trimestre deste ano, que será divulgado após o fechamento do mercado nesta segunda-feira (16).

Analistas consultados pela FactSet esperam um prejuízo de US$ 77 milhões, ante linha negativa em US$ 66 milhões do quarto trimestre do ano passado.

O consenso reúne a projeção de 14 bancos, sendo que o UBS BB é até mais pessimista, ao falar em prejuízo de R$ 106 milhões do Nubank para o período.

A base de clientes deve subir de 53,9 milhões no trimestre passado para 57,6 milhões, enquanto a receita chegaria a US$ 757 milhões (ante US$ 636 do 4T21).

A receita por cliente mensal do Nubank, aponta o consenso, será de US$ 5,9 (contra US$ 5,6 por mês no 4T21).

A rentabilidade medida pelo ROAE subirá 0,2 ponto percentual, para 0,6%, de acordo com o UBS BB, ao passo que o custo de risco sairia de US$ 200 milhões para US$ 223 milhões, segundo o consenso.

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Nubank em queda

O Nubank divulga o balanço em um momento de deterioração das expectativas sobre a empresa, por conta da qualidade do crédito e do aumento dos juros e da inflação em todo o mundo – o que impacta as empresas de tecnologia.

Os papéis negociados em Nova York (NU) acumulam baixa de mais de 60% neste ano, a US$ 3,62 – o Nubank também tem BDRs negociados na B3. O UBS BB segue com recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de US$ 11,50.

Parte do mercado fala em uma volatilidade adicional para as ações, com a proximidade do fim da restrição para a negociação dos papéis dos fundadores e dos acionistas pré-IPO, marcado para esta terça-feira (16).

Para Felipe Miranda, CEO e estrategista-chefe da Empiricus, há uma chance elevada de o evento marcar o início de um processo de venda organizada de muitos detentores do papel, “de maneira similar ao que ocorreu com as ações da Stone”.

“Historicamente, a performance costuma ser ruim na sequência do fim do lock up”, disse o analista. 

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.