Comprar ou vender?

Nubank (ROXO34): Santander adiciona US$ 7 ao preço-alvo; vale a compra?

26 ago 2025, 13:16 - atualizado em 26 ago 2025, 15:42
nubank
Segundo os analistas, o Nubank entrou em uma nova fase de crescimento do lucro (Imagem: Linkedin)

O Santander atualizou as expectativas para o Nubank (ROXO34;NU) e incorporou ao preço-alvo US$ 7, passado de US$ 9 para US$ 16, o que implica potencial de alta de 12%.

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Com isso, a corretora elevou também a recomendação, que antes era de venda, para neutra.

Segundo os analistas, o Nubank entrou em uma nova fase de crescimento do lucro.

Eles destacam a recuperação da receita líquida de juros (NII), da margem financeira (NIM) e a estabilidade dos NPLs (empréstimos inadimplentes).

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“Olhando para 2026, os efeitos macroeconômicos favoráveis de uma Selic em queda devem reduzir tanto os custos de captação quanto os NPLs. Esse cenário é especialmente positivo para bancos focados em clientes de baixa renda, como o NU e o Bradesco (BBDC4)”, escreveram.

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Nubank: ROE nas alturas e operação no México

O Santander observa que o preço sobre o valor patrimonial (P/VB) do Nubank, de 4,4 vezes, sugere que o ROE (retorno sobre o capital próprio) continuará sustentável em cerca de 41%, bem acima da projeção de 30%.

“Se mudarmos o foco para um P/L de longo prazo, considerando o perfil de crescimento e retorno da NU, um múltiplo de 13x em 2027 não parece excessivo”, afirmam.

Outro ponto que sustenta o otimismo é a operação no México.

O novo CEO da unidade, segundo o relatório, traz expertise regulatória e terá à disposição uma licença bancária, permitindo atuar em empréstimos consignados, depósitos segurados e financiamento mais barato.

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“Vemos o ponto de equilíbrio no México como um potencial reacender da tese otimista de que, se a NU conseguir vencer no país, terá uma prova de conceito de que seu modelo de negócios é replicável globalmente, um elemento vital para sustentar a narrativa de crescimento”.

Hyperplane mudou tudo?

O relatório também cita a Hyperplane, empresa do Vale do Silício adquirida pelo Nubank em 2024, que atua em inteligência artificial aplicada a risco de crédito.

De acordo com os analistas, a companhia foi responsável pelos aumentos nos limites dos cartões de crédito dos clientes implementados no segundo trimestre.

“Temos discutido a Hyperplane com a NU e participantes do mercado para entender melhor o potencial da empresa. A NU tem enfatizado consistentemente sua importância, ao mesmo tempo em que observa que ela complementa os sistemas que já possui”.

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O banco acrescenta que a tecnologia da Hyperplane é totalmente transferível, o que pode acelerar a expansão da operação no México, reforçando a tese de crescimento internacional.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.