Nubank vs home office: Sindicato cobra diálogo e revisão de demissões

(Imagem: Linkedin)

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região pediu uma reunião emergencial com a direção do Nubank (ROXO34) após a demissão de 12 funcionários, ocorrida na sexta-feira (8), um dia depois de uma live interna conduzida pelo CEO e fundador David Vélez.

O encontro virtual, chamado Coffee Break, foi convocado para anunciar a mudança do modelo de trabalho — do remoto para o híbrido — a partir de julho de 2026.

Segundo o Nubank, os colaboradores terão oito meses para se adaptar à nova rotina, que exigirá dois dias presenciais por semana, com aumento gradual para três dias a partir de janeiro de 2027. A medida afetará cerca de 7 mil dos 9,5 mil funcionários da fintech.

Durante a transmissão, funcionários usaram o chat para manifestar descontentamento com a mudança. De acordo com relatos de pessoas próximas à instituição, cerca de 12 a 13 empregados publicaram mensagens consideradas ofensivas e de tom agressivo, pedindo a revogação imediata da medida.

“Nem no happy hour no bar se fala coisas que vi lá”, disse uma fonte ouvida pela reportagem do Estadão.

Na sexta-feira (7), a empresa comunicou a demissão por justa causa de 12 funcionários e aplicou advertências a outros envolvidos. Em nota interna, a direção afirmou que “acolhe o dissenso”, mas que “há limites”.

“Estamos prontos para feedback e resistência. Esta é uma decisão difícil. Mas traçamos uma linha na areia contra a falta de respeito e a agressão”, diz o texto.

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Em resposta, o Sindicato dos Bancários criticou as demissões e exigiu que o banco reveja as dispensas, assegurando que nenhum trabalhador seja punido por expressar sua opinião.

“É fundamental garantir o diálogo e o respeito mútuo, especialmente diante de decisões que afetam diretamente a vida e a rotina dos funcionários”, afirmou a entidade em comunicado.

O Nubank disse, em nota ao Estadão, que “reafirma trabalhar para preservar canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários, mas não tolera desrespeito e violações de conduta”. A empresa informou ainda que não comenta casos individuais de desligamento.

Segundo o sindicato, a mesa de negociação com o Nubank terá como objetivo restabelecer o diálogo e construir soluções conjuntas, com foco na valorização dos trabalhadores e no direito à liberdade de expressão.