Mercados

Nvidia cara? Veja três ações que decolaram ‘na cola’ da fabricante

25 maio 2023, 19:29 - atualizado em 25 maio 2023, 19:29
Nvidia semicondutores
Boom da Nvidia pode ter deixado ação cara, mas abre espaço para outras empresas do setor. (Imagem: REUTERS/Robert Galbraith/File Photo)

Os resultados trimestrais da Nvidia Corp. (NVDA) pautaram o mercado nesta quinta-feira (25). Além de bater o consenso de lucro e receita, a empresa entregou uma perspectiva de vendas no próximo trimestre que é 50% maior do que o mercado esperava.

Esse caldeirão de elementos, esquentado pela onda da inteligência artificial, levou a empresa a ter o seu melhor desempenho diário no ano. Em Nova York, o papel da Nvidia é cotado a US$ 380,15. Na B3, a BDR NVDC34 é negociado a R$ 40,37, após uma alta de 29,43% hoje.

Mas, embora a empresa tenha caído na ‘boca do povo’, Enzo Pacheco, analista da Empiricus, recomenda pensar duas vezes antes de comprar os papéis da empresa.

Isso, porque, considerando as projeções de receita para 2023 e 2024, as margens de lucro da empresa e valor de mercado de mais de US$ 900 bilhões, chega-se a uma relação P/L (preço-lucro) muito alta para os anos de 2024 e 2025.

Desta forma, o analista da Empiricus atribui que o valuation alto da ação fecha espaço para a mesma magnitude de ganhos vistos nestes primeiros cinco meses do ano.

Se o preço da Nvidia parece salgado demais para o bolso do investidor, a visibilidade da fabricante com sede em Santa Clara pode ter aberto para outras ações. Algumas destas, inclusive, tiveram altas relevantes no pregão de hoje. 

Confira três ganhadores e um perdedor do ‘rolo-compressor’ da Nvidia hoje.

Quem ganhou com resultados da Nvidia?

Taiwan Semicondutor Manufacturing Company (TSM) | Alta do dia: +12%

A empresa que mais se beneficiou da arrancada da Nvidia é a fabricante estatal de chips de Taiwan.  A TSMC possui uma intensa relação com a Nvidia, pois é em Taiwan que se materializa os processadores de alta tecnologia projetados pela companhia do Vale do Silício.

Na prática, é como se a Nvidia ‘terceirizasse’ a produção dos itens, focando apenas na arquitetura; essa estratégia rendeu frutos para a companhia estadunidense, que viu seu valor de mercado se tornar praticamente o dobro da homóloga chinesa.

De toda forma, o aumento da demanda por soluções oferecidas pela Nvidia é uma boa oportunidade para a perspectiva de mais vendas da TMSC. E os investidores parecem estar olhando para isso com bons olhos.

Advanced Micro Devices Inc. (AMD) | Alta do dia: +11%

A AMD também foi outra empresa com ganhos expressivos no pregão. A perspectiva de maior demanda por hardwares da companhia, embutidos a aplicações de inteligência artificial, levaram à alta de 11% levou a empresa a ter uma valorização acumulada em 2023 de praticamente 100%. A ação está sendo cotada atualmente a US$ 120.35.

Aproveitando o timing da sua competidora, a AMD anunciou uma nova linha de processadores que inspirou um olhar mais otimista dos analistas do Bank of America (BofA).

Adicionalmente, a AMD vem sendo reconhecida por avançar no mercado de PCs, uma área tradicionalmente dominada pela Intel. Mas daí, enfrentar a Nvidia parece uma outra coisa completamente diferente.

Micron Technology Inc (MU) | Alta do dia: + 4,63%

Por fim e mais tímida, está a Micron Technology. Embora a empresa tenha uma linha de produtos capaz de bater de frente com concorrentes, a fabricante foi arrastada para a guerra econômica entre EUA e China.

A autoridade que regula o ciberespaço chinês alegou que os produtos da Micron oferecem riscos à segurança nacional do país, vetando a importação dos chips. Com isso, a companhia perde um mercado relevante, o que pode impactar na sua.

O grande perdedor

Intel Corporation (INTC) | Baixa do dia: -5,65%

A célebre fabricante de chips para PC parece ter ficado para trás na corrida de novos processadores, ainda presa à era das CPUs.

Investidores penalizam a ação pela falta de iniciativas da Intel em unidades de processamento gráfico (GPUs) — a tecnologia que ditará os rumos do setor daqui em diante.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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