Sucroenergia

NYBOT ignora projeções de déficit global de açúcar, como na onda passada

01 nov 2019, 11:41 - atualizado em 01 nov 2019, 11:47
Colheita de cana na Índia a todo vapor, apesar de chuvas vistas como excessivas há algumas semanas (Imagem: REUTERS/Amit Dave)

A tradicional safra de previsões positivas de alta para o açúcar, sempre quando a transição de um ciclo para outro começa no Brasil e a colheita da Índia engata, ganha mais uma expectativa com chances de naufragar tanto quanto a dos dois últimos anos. Aumenta a projeção de déficit global e Nova York ignora novamente.

A FC Stone cortou mais 1,3 milhão de tonelada da sua projeção de agosto para a commodity indiana, arredondando para 26,9 milhões. Viu excesso de chuvas de monções estragando produção maior. Chuvas houveram, mas se normalizaram e rápido.

O dado da corretora e consultoria internacional, divulgado pela Reuters, já estava abaixo das perspectivas mais seguras de ao redor de 30 milhões/t, com o qual muitos trabalham com base no USDA. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduziu para apenas 29,3 milhões/t.

A ICE Futures (Nova York) mal alcança, com dificuldade, o março/2020 em 12.50 cents por libra-preso (anda agora em 12.42 c/lp). Uma redução daquela magnitude para a safra em andamento da Índia, mais um futuro novo ano-safra do Centro-Sul do Brasil também alcooleiro até as previsões atuais, os vencimentos futuros deveriam levar o contrato ombreando os 14.50 c/lp, no piso.

Como bem lembrou também um analista, o adido agrícola do USDA recentemente divulgou revisão da temporada passada da Índia. De 33 para 34 milhões/t.

Mas nem é necessário que a que está em curso seja revista para cima. Os estoques são altos, os subsídios às exportações foram ampliados e a Índia está também anulando mais demandas de outros importantes atores globais na importações, China e outros, com acordos comercias vantajosos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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