O ano das Sete Magníficas: Na corrida da IA, big tech vencedora acumulou alta de 49% em 2025
O ano de 2025 foi morno para a maioria das Sete Magníficas. Do grupo composto por Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT34), Amazon (AMZO34), Meta (M1TA34), Tesla (TSLA34), Alphabet (GOGL34) e Nvidia (NVDC34), apenas estas duas últimas registraram altas expressivas no acumulado deste ano.
O analista de equity da Kinea, Guilherme Amaral, aponta a Alphabet, dona do Google, como o grande destaque positivo. Apesar de ter iniciado 2025 cercada de incertezas sobre seus aplicativos e aplicação de Inteligência Artificial (IA) — com parte do mercado a vendo como uma perdedora ante a OpenAI, com o ChatGPT —, a companhia deu a volta por cima, na visão dele.
“O que aconteceu em 2025 foi que o Google entrou em uma crescente de lançamentos muito positiva. Ele lançou um modelo de ponta, que hoje é o melhor disponível [Gemini 3] e também integrou várias das ferramentas de Inteligência Artificial em seus produtos principais”.
Amaral aponta que a grande virada do Google para ocupar o posto de melhor big tech dos Estados Unidos neste ano foi justamente sair do status de “perdedor” para um “vencedor” na corrida pela IA.
Outro ponto foi a resolução do processo com o Departamento de Justiça Norte-Americano, que decretou que o Google é um monopólio, mas os remédios determinados foram benignos, na visão de Amaral. Essa questão, conforme o analista da Kinea, travava o avanço da ação.
O analista coloca que o Google também tem um fator competitivo com seus chips próprios, com um novo modelo de negócios que visa vender para fora, e são competitivos quando comparados com a Nvidia. A divisão de Cloud também deve agregar valor à ação ao longo dos próximos anos.
Amaral dá um destaque ainda para o bom ano da Nvidia, que mitigou preocupações que cercavam a empresa.
Amazon na ponta negativa
Já na ponta negativa, a Amazon registra o pior desempenho do ano e, na visão do analista de equity da Kinea, o principal motivo para isso é a falta de um bom modelo, mesmo sendo a maior empresa de computação em nuvem, com a AWS. Ainda que a companhia tenha uma parceria com a Anthropic, esta também divide o braço de computação com o Google Cloud.
“Junto a isso, assim como o Google ano passado, existe muito debate sobre qual a posição da AWS nesse novo mundo de IA, onde você tem poucos players com capacidade de ter modelos, e de como vai ser a monetização e a disputa por essa infraestrutura, dado que ela depende do modelo de outras pessoas”, pondera Guilherme Amaral.
Do lado do e-commerce, o vai e vem de tarifas também acabou impactando o resultado financeiro da empresa e trouxe bastante incerteza para a Amazon.
As demais sete magnificas tiveram desempenho dentro do esperado, na visão do analista da Kinea.
O que esperar para 2026?
Em 2026, a disputa entre Google e OpenAI deve continuar com um impacto importante no desempenho de Alphabet, Microsoft e Nvidia. Esses nomes, conforme Amaral, estão em pontas opostas do tabuleiro, com Microsoft e Nvidia contra o Google.
“Todas as dinâmicas de vencedores e perdedores em IA em 2026 continuarão sendo importantes, assim como em 2025”, avalia.
Outro aspecto é a monetização da IA. Amaral recorda que já está se consolidando o quarto ano do ciclo de investimento, e o mercado começa a exigir mais receita de toda essa infraestrutura investida.
“O investimento cresce ano após ano, então estamos chegando em níveis muito altos que, mesmo para empresas de trilhões de dólares, já começa a afetar bastante os relatórios financeiros. Então, acreditamos que esse será o debate para 2026: quem consegue monetizar, gerar retorno e mostrar sustentabilidade no investimento de IA”.
Veja o desempenho das Sete Magníficas em 2025
| Empresa | Ticker (BDR) | Desempenho no ano (até 10/12/2025) |
|---|---|---|
| Apple | AAPL34 | 1,35% |
| Amazon | AMZO34 | -7,37% |
| Alphabet | GOGL34 | 49,24% |
| Meta | M1TA34 | -4,53% |
| Microsoft | MSFT34 | 0,63% |
| Nvidia | NVDC34 | 16,29% |
| Tesla | TSLA34 | 5,39% |