Minha Casa Minha Vida

“O Brasil não tem plano B”, avalia ministro das Cidades sobre FGTS

28 maio 2025, 17:03 - atualizado em 28 maio 2025, 17:03
Jader Filho, ministro das Cidades
Luiz França, presidente da Abrainc, e Jader Filho, Ministro das Cidades, no Summit Abrainc 2025

Responsável por grande parte dos financiamentos imobiliários do país, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) segue como uma das principais preocupações do setor, de acordo Jader Filho, ministro das Cidades.

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Ele participava do Summit Abrainc 2025, nesta quarta-feira (28), em São Paulo, quando fez a fala sobre o benefício social.

Jader afirma que o FGTS é um mecanismo sofisticado, transparente e único no mundo e que não apenas viabiliza o acesso à moradia para milhões de brasileiros, como também sustenta investimentos em infraestrutura, abastecimento de água, mobilidade urbana e prevenção de desastres. “O Brasil não tem plano B. O FGTS é o motor da reconstrução do país”, avaliou.

A fala reflete a preocupação do governo com relação ao saque aniversário — opção oferecida aos beneficiários do fundo para sacar o FGTS anualmente, no mês do seu aniversário, em vez de esperar pela rescisão do contrato de trabalho — que tem drenado recursos do fundo.

Segundo o ministério, na última atualização, o fundo possuía R$ 184 bilhões no saldo.

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As mudanças proporcionadas pelo FGTS

Filho destacou também que o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) vive uma fase de transformação estrutural, sustentada por uma “união inédita de esforços” entre União, Caixa Econômica Federal, setor privado e entes subnacionais.

De 2023 até agora, o programa contratou 1,5 milhão de moradias, das quais 1,2 milhão com financiamento via FGTS e outras 238 mil subsidiadas pelo Orçamento Geral da União (OGU). No total, já foram investidos R$ 204 bilhões em recursos do fundo e quase R$ 33 bilhões do orçamento federal.

“Sem o FGTS, não existe Minha Casa Minha Vida. E sem o Minha Casa Minha Vida, não existe segurança para milhões de famílias que sonham com a casa própria”, pontuou Jader.

Em 2024, o programa respondeu por 50% de todos os lançamentos imobiliários do país, segundo dados citados pelo ministro. Para ele, esse número é um retrato do papel estruturante da política habitacional na economia nacional.

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“Estamos fazendo uma revolução no maior problema social do Brasil: o déficit habitacional”.

Outras iniciativas

O ministro também destacou iniciativas recentes, como a criação do Minha Casa, Minha Vida Cidades, que permite a estados e municípios contribuírem com terrenos ou recursos para cobrir o valor de entrada das famílias, e o FGTS Futuro, que antecipa depósitos futuros do fundo como garantia de financiamento.

Segundo o ministro, esse é o principal obstáculo para as primeiras faixas do programa, que atende uma parcela que tende a ter menor renda e, consequentemente, um saldo menor acumulado.

Desta forma, foi possível observar um salto no número de unidades habitacionais vendidas em 2023 e 2024 no faixa 1, sendo 184,2 mil e 215,3 mil, respectivamente. Vale mencionar que essas são as faixas com maior volume do programa.

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Na mesma linha de inovação, ele mencionou a inclusão da Faixa 4 no programa, voltada à classe média, com imóveis de até R$ 500 mil financiados a juros de 10,5% ao ano, usando recursos do fundo social do pré-sal e do próprio FGTS. A expectativa é atender 120 mil famílias com renda de até R$ 12 mil mensais.

No entanto, o ministro destacou que o montante vindo do pré-sal não deve ser entendido como algum outro “plano”, ou seja, uma outra fonte de financiamento, e, sim, como apenas um complemento, e reafirmou a necessidade de atenção com o FGTS.

“O que estamos fazendo aqui é garantir que famílias que antes estavam fora do sistema — ou pela renda ou pela falta de entrada — finalmente possam acessar uma moradia digna. E isso só é possível porque temos o FGTS como pilar dessa transformação”, concluiu.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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