Economia

O fantasma da inflação voltou? Campos Neto diz que batalha ainda não está ganha

22 ago 2023, 11:32 - atualizado em 22 ago 2023, 11:32
Bacen, Campos Neto, Combustíveis
Campos Neto lembra que a inflação ainda é persistente, mas defende condução da política monetária. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O mercado voltou a olhar com certo receio para a inflação, após a alta nos preços dos combustíveis. Tanto que o Relatório Focus desta semana registrou a primeira revisão para cima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 13 semanas.

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O presidente do Banco Central aproveitou para lembrar que a inflação ainda é persistente. Durante a Conferência Anual do Santander, Roberto Campos Neto, destacou que a batalha contra inflação no Brasil não está ganha, principalmente com as pressões vindas da desaceleração econômica da China e da curva de juros dos Estados Unidos.

Segundo ele, o Brasil conseguiu trazer a inflação para baixo com um freio de crédito bem menor que outros países. “Quando olhamos em termos de segmentação, vemos a parte de serviços começando a cair. Mas a batalha contra a inflação não está ganha. Em nossa comunicação, adotamos que os juros ainda precisam ser restritivos”, disse.

Apesar disso, ele afirma que, sim, a expectativa é de uma alta na inflação até o final do ano. No entanto, esse movimento se dará por efeito estatístico.

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Campos Neto ainda avaliou que o movimento de desinflação está começando a ser visto em outros países, mas que o grande problema ainda são os núcleos – que excluem os preços mais voláteis, como alimentos e energia. No caso dos países desenvolvidos, os núcleos seguem firmes e fortes, enquanto nos países emergentes já estão em queda, mas ainda em patamares altos.

Por outro lado, ele apontou que o Brasil está fazendo um pouso suave da economia e ainda defendeu a política monetária adotada pelo Banco Central. “Vemos uma gritaria muito grande sobre os juros no Brasil, mas outros países subiram muito mais os juros que nós”, afirmou.

Vale lembrar que o governo e a autarquia estavam é pé de guerra desde que o presidente Luis Inácio Lula da Silva assumiu. Lula já se posicionou contra a autonomia do BC e também questionou a lealdade de Campos Neto. Recentemente, o governo conseguiu colocar Gabriel Galípolo, do Ministério da Fazenda, no cargo de diretor de Política Monetária.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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