AgroTimes

O fim das tarifas do etanol para os EUA representa um risco para os produtores brasileiros?

24 set 2025, 12:08 - atualizado em 24 set 2025, 12:08
etanol tarifas EUA
(iStock.com/JJ Gouin)

O impacto do fim da tarifa de 18% sobre o etanol importado dos Estados Unidos vai variar conforme a região do Brasil, segundo o BTG Pactual. Em relatório, os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla destacam que os custos logísticos pesam sobre a importação de etanol anidro, limitando a competitividade do produto em parte do mercado brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O debate sobre a taxação ganhou força desde o início do governo Donald Trump, quando a guerra tarifária entre Washington e seus parceiros comerciais colocou em evidência a cobrança brasileira sobre o etanol norte-americano. A discussão voltou à pauta com a possibilidade de revisão das regras de importação pelo Brasil.

“Primeiro, o etanol precisa ser transportado do Meio-Oeste americano até o porto. Depois, há o custo do envio ao Brasil e, por fim, a distribuição do porto até os consumidores. Além disso, há despesas adicionais, como perdas de produto, seguro e taxas portuárias. Por conta desses fatores, estimamos que o etanol anidro dos EUA não é competitivo nas regiões Nordeste nem Sudeste do Brasil com a tarifa atual de 18%”.

Por outro lado, em um cenário sem tarifas, o etanol dos EUA se torna mais competitivo, especialmente no Nordeste, onde os custos logísticos são menores e os preços locais do etanol são mais altos.

“Neste cenário, estimamos que o etanol anidro dos EUA poderia chegar à região com margem positiva para os importadores. O mesmo, porém, não se aplica (ainda) ao Sudeste, onde as margens dos produtores dos EUA continuariam negativas mesmo sem impostos — embora com uma margem de erro pequena (cerca de R$ 90/m³, ou aproximadamente 3% do preço final)”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.