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O fôlego acabou? Gestor enxerga 2024 como um ano de menor emissão de Fiagros

02 mar 2024, 10:00 - atualizado em 02 mar 2024, 10:05
fiagros kinea
Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio saltou 15,1%; Fiagros de alto risco podem sofrer neste ano (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Em janeiro, a captação líquida dos Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) atingiu R$ 20,5 milhões em janeiro, mais que dobrando na comparação com o mesmo mês de 2023.

Por outro lado, alguns analistas enxergam o ano de 2024 como desafiador para os fundos, pelo menos em termos de emissão.

De acordo Felipe Greco, gestor de Fiagros da Kinea Investimentos, os fundos estão passando por um momento muito forte que despertou o interesse dos investidores.

“Os Fiagros estão vivenciando pela primeira vez mudanças de ciclo econômico, com juros alto, e agora início de corte na taxa Selic. Ao mesmo tempo, vimos alguns fundos com casos de inadimplência. É um processo de amadurecimento da indústria, que vai entendendo os riscos”, afirma. “Nossa visão é de que aquele crescimento acelerado deve se estabilizar nesse ano, com um número menor de emissões e boa parte do mercado buscando alocar de forma mais cuidadosa”, completa.

A queda das commodities e da Selic vão afetar os Fiagros?

Greco ressalta que 2023 foi um ano atípico, com uma safra recorde, que contribuiu para o ritmo de crescimento acelerado dos fundos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor saltou 15,1% no ano passado.

“Em nossa visão, este ano teremos uma reversão à média. Mesmo com uma safra menor que do ano passado, os números ainda são muito relevantes globalmente e para o PIB nacional. A queda da Selic e possíveis oscilações das commodities podem provocar uma queda no patamar dos rendimentos, mas juros menores também trazem um ambiente mais saudável para a economia”, explica.

O gestor acredita que para produtos com perfil de crédito mais high grade, com boa diversificação de emissores e de setores, os impactos devem ser reduzidos. “Já fundos muito concentrados ou com perfil muito high yield, podem sofrer mais com essa variação”, finaliza.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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