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O futuro da Renner está garantido; o problema é chegar lá, diz BTG Pactual

06 abr 2020, 16:04 - atualizado em 06 abr 2020, 16:04
Renner LREN3
(Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A Lojas Renner (LREN3) foi uma das primeiras redes de varejo a anunciar o fechamento das lojas, em resposta à pandemia de coronavírus. A iniciativa foi elogiada por parte dos analistas, mas seu impacto prático será visto nos balanços deste e do próximo ano.

Mesmo assim, o BTG Pactual mantém sua confiança no papel, e reitera sua recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 66, o que indica uma alta potencial de 113% sobre a cotação de referência da instituição.

Em relatório assinado por Luiz Guanais e Gabriel Savi, o banco afirma que continua vendo a “Renner bem posicionada para ganhar participação de mercado (bem acima de seus pares) nos próximos trimestres, baseada em sua execução renomada e no sólido balanço para manejar a crise”.

A dupla acrescenta que, em teleconferência na semana passada, a cúpula da Renner informou que está priorizando os pequenos fornecedores, oferecendo-lhes linhas de crédito e melhores condições de pagamento.

A empresa também vai acelerar sua presença no e-commerce. Nas próximas semanas, a Youcom, uma de suas bandeiras, integrará plataformas de marketplace, enquanto a marca Renner continuará comercializada na sua própria plataforma.

Vencedora potencial

“A Renner é uma vencedora potencial, como um concorrente de nicho no e-commerce com uma sólida e bem posicionada marca, uma vasta base de lojas e foco nos serviços”, diz o BTG Pactual.

A grande incógnita é o impacto de curto prazo do coronavírus. No cenário de maior estresse elaborado pelo BTG, as lojas ficariam fechadas de meados de março ao fim de abril.

Isso derrubaria as vendas, no critério mesmas lojas (aquelas em funcionamento há, pelo menos, 12 meses), em 9% no primeiro trimestre, e mais 30% no segundo.

Nessa situação, as receitas líquidas ficariam 35% abaixo da previsão do BTG para este ano, e 14% menor em 2021.

“Permanecemos positivos com os fundamentos da Renner, mas o curto prazo é difícil, com mais perguntas que respostas, significando mais volatilidade nos preços da ação à frente”, diz.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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