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O ‘hedge climático’ da 3tentos (TTEN3) para expandir presença no Brasil e a aposta ‘canadense’, segundo o CEO

19 dez 2025, 7:00 - atualizado em 18 dez 2025, 16:33
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O CEO da 3tentos, João Marcelo Dumoncel. (Foto: Divulgação)

A 3tentos (TTEN3), empresa do agronegócio que completa 35 anos em 2025, tem planos ambiciosos para ampliar sua presença pelo Brasil.

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Durante o último Investor Day, realizado na cidade natal da companhia, Santa Bárbara do Sul (RS), a gestão detalhou a aquisição da Grão Pará Bioenergia, que dará origem a uma nova planta de processamento de milho em Redenção, no Pará.

Segundo a empresa, o estado reúne condições únicas para se tornar um novo polo agrícola e industrial — um cenário semelhante ao que ocorreu em Mato Grosso há cerca de três décadas.

Inclusive, no próprio “coração do agronegócio brasileiro”, segue acelerada a construção da nova planta de etanol de milho e DDG da companhia em Porto Alegre do Norte (MT).

Com a expansão em diferentes regiões, surge uma dúvida recorrente: como ficam os impactos dos problemas climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas safras?

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De acordo com o CEO da 3tentos, João Marcelo Dumoncel, a diversificação geográfica é justamente uma resposta a esse desafio.

“Na linha do tempo do negócio, ganhamos estabilidade diminuindo nossa concentração geográfica. Isso se configura como um hedge climático. O Rio Grande do Sul continua sendo responsável pela maior parte do faturamento da empresa (>50% da receita atual), mas, à medida que o Mato Grosso cresce em operações e penetração de mercado, sua relevância aumenta”, afirmou Dumoncel ao Money Times.

No Mato Grosso, a atenção da companhia está voltada para a segunda safra, que contribui para o faturamento e para a estabilidade dos produtores.

“O milho proporciona isso no Centro-Oeste. Com o crescimento das operações no MT e a expansão para esses estados já anunciados, o avanço da companhia virá majoritariamente das novas áreas, o que trará uma redistribuição do peso regional dos negócios. Ainda assim, seguimos com planos de crescer também no RS”, destacou.

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A empresa também planeja expandir suas operações de originação em outros estados. No Tocantins, a companhia prevê uma unidade de originação a partir de 2026. Em Goiás e Minas Gerais, já marca presença em originação e anunciou que seguirá abrindo novas lojas nesses estados.

A aposta ‘canadense’ da 3tentos

A grande alternativa identificada pela companhia para fortalecer o Rio Grande do Sul na segunda safra é a canola.

O nome “canola” deriva da sigla Canadian Oil Low Acid (óleo canadense de baixa acidez), criada em 1970 para distinguir variedades de colza desenvolvidas no Canadá com baixos teores de ácido erúcico e glucosinolatos.

Essa cultura de inverno pode alternar com áreas de trigo a cada duas safras e, segundo a empresa, já apresenta preços competitivos — em alguns casos, até mais vantajosos que os da soja, cultivo típico do verão.

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“O estado tem uma área descoberta que fica sem atividade econômica relevante ao longo do ano. Estamos incentivando o produtor a ocupar esse espaço, não substituindo o trigo, mas adicionando a canola como cultura de inverno”, disse Dumoncel.

Para estimular a adoção da oleaginosa, a 3tentos criou um programa específico para agricultores gaúchos e investiu R$ 60 milhões na adaptação da planta de Ijuí, que passou a processar canola já na semana passada.

“Temos toda a estrutura tecnológica e o seguro integrado”, ressaltou o CEO, afirmando que a empresa está “liderando” o movimento de expansão da cultura no estado. O pacote de incentivo inclui assistência técnica e um programa de barter (troca por insumos) com seguro agrícola.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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