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O Ibovespa continuará subindo? XP vê índice aos 112 mil pontos

07 jun 2020, 0:25 - atualizado em 07 jun 2020, 12:29
Mercados Alta Sinal Verde
O nível mais elevado é justificado por taxas de juros menores e por um risco-país mais baixo (Imagem: Unsplash/@iniguez)

Há poucas semanas a ideia de que o Ibovespa (IBOV) poderia retornar aos 100 mil pontos era pouco debatida, mas já não é mais. Em um relatório publicado na noite de sexta-feira (5), a XP Investimentos refez as suas estimativas e agora projeta a Bolsa brasileira a 112 mil pontos, contra a expectativa anterior de 94 mil pontos.

O estrategista e chefe de investimentos da corretora Fernando Ferreira calcula o Ibovespa negociado a 14 vezes sobre o lucro esperado para 2021, no topo histórico. Este nível é justificado por taxas de juros menores e por um risco-país mais baixo.

“Além disso, as bolsas globais também estão negociando com múltiplos acima do histórico, devido as taxas de juros próximas de zero no mundo”, escreveu Ferreira.

Ele avalia que as injeções de dinheiro por parte dos governos e bancos centrais, superiores a US$ 17 trilhões, continuarão no sistema no pós-pandemia “…o que representa 20% do PIB global – uma verdadeira bazooka!”.

Cinco fatores mantêm a atratividade das ações brasileiras, diz o analista.

1 – Sentimento muito consensual negativo com Brasil entre os investidores estrangeiros

2 – Redução da aversão ao risco no mundo

3- Rotação de ações de crescimento para ações de valor (como commodities e bancos)

4 – Começo de uma tendência de fraqueza do dólar

5 – Preços de commodities se recuperando do menor patamar em 20 anos

Riscos

1 – 2ª onda de COVID: caso haja uma 2ª onda de casos de covid-19 no mundo, o que forçaria novas quarentenas e a volta do forte choque econômico.

2 – Guerra comercial China-EUA:  caso a guerra comercial entre China e EUA se desencadeie para uma Guerra Fria entre os dois países, isso poderia levar a uma escalada da aversão ao risco novamente.

3 – Político: os riscos políticos no Brasil parecem ter diminuído, mas não desapareceram por completo.

4 – Economia: a grave crise levada pelo coronavírus deixará marcas na economia muito além da retomada das atividades pós pandemia.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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