O impacto do Ozempic e a nova tendência de consumo global, segundo Marcos Molina, da MBRF (MBRF3)
Menos carboidrato, mais proteína. O chairman e controlador da MBRF (MBRF3), Marcos Molina, disse nesta terça-feira (25), durante um evento da companhia, que o mundo está consumindo mais proteína em detrimento de outros alimentos. Segundo ele, este foi um tema bastante debatido durante reuniões com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
“Os supermercados nos relataram uma queda na procura por carboidratos, e que o único item que tem sustentado o consumo é a proteína. Além disso, as pessoas começaram a utilizar mais canetas emagrecedoras, como Ozempic e Mounjaro. Estamos observando um aumento no consumo de proteínas para a manutenção da massa magra.”
Durante conversas com investidores em Nova York, Molina comentou que grandes fundos globais devem redirecionar investimentos do segmento de snacks para o de proteínas. “É um movimento que já ocorre nos EUA, e vemos que a demanda por carne por lá não caiu. Também estamos notando uma redução no consumo de doces.”
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MBRF (MBRF3): BTG vê história convincente, e Itaú BBA já volta atenções para 2026
A MBRF apresentou uma queda de 62% no seu lucro do terceiro trimestre de 2025, totalizando R$ 94 milhões, no primeiro balanço da companhia após a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3).
O BTG Pactual enxerga na MBRF uma história convincente, já que, embora os investidores foquem em lucratividade como principal métrica para oscilações de curto prazo nos lucros, o crescimento das vendas impulsionado por volume é o que realmente determina o potencial de ganhos do setor de proteínas além dos ciclos de preços de commodities.
A empresa superou em 2% e 5% a estimativa de receita (R$ 41,8 bilhões) e Ebitda ajustado (R$ 3,5 bilhões), respectivamente.