Política

O medo do líder da cúpula empresarial da COP30: ‘Acho que temos um complexo de vira-lata’

03 out 2025, 8:00 - atualizado em 03 out 2025, 9:35
cop30 Ricardo mussa (1)
(Foto: Money Times)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A menos de 40 dias da COP30, que será realizada em Belém (PA), o líder do SB COP30, Ricardo Mussa — iniciativa do setor produtivo liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) — alertou, em entrevista ao Money Times, que a logística complexa e os altos custos de hospedagem podem dificultar a presença de grandes nomes na conferência, representando um dos principais riscos ao sucesso do evento.

“Acho que o risco de não trazer CEOs relevantes diminuiu, mas ainda existe. Tenho receio de que acabemos lavando muita roupa suja em praça pública, com protestos durante a COP, e de que nos critiquemos demais”, afirma. “Acho que ainda temos um pouco de complexo de vira-lata. Diferente dos locais das últimas COPs, somos um país super democrático, muito aberto. Precisamos ter orgulho do que somos e abordar as coisas boas que fazemos, e não apenas nossos problemas. Eu prefiro uma COP com maior unidade do Brasil”, completa.

O que podemos entregar até 2030? 

Mussa é enfático ao dizer que o mundo não atingirá a meta de net zero até 2030 e acredita que a solução para as mudanças climáticas está nas novas tecnologias.

“Precisamos ganhar tempo para que essas tecnologias continuem evoluindo. E esse tempo vem da transição energética. Não adianta querer acabar com o petróleo amanhã, porque isso não é viável. Precisamos identificar o que está funcionando e entender quais tecnologias são vencedoras e economicamente viáveis. Ganhar tempo para que as novas tecnologias cheguem e resolvam de vez o problema.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.