O melhor banco da bolsa, segundo Itaú BBA; alta chega a 40%

O Itaú BBA tem um favorito no setor financeiro e ele se chama Bradesco (BBDC4).
Após mais uma rodada de resultados fortes, a corretora elevou as estimativas para o banco, prevendo, inclusive, mais uma pernada de alta.
No ano, o Bradesco dispara cerca de 40%, à medida que ganha a confiança do mercado. Segundo os analistas, que elevaram o preço-alvo para R$ 22, o papel poderia subir mais 41%, ante o fechamento da última sexta-feira.
Para a equipe liderada por Pedro Leduc, os resultados do segundo trimestre mostraram uma melhora rápida e sustentável nos indicadores operacionais da instituição.
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O banco viu o lucro crescer 29% no trimestre. Além disso, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) saltou 3,2 pontos percentuais, atingindo 14,6%.
“A capacidade de execução de receitas do banco parece ter sido restaurada por meio de uma combinação de crescimento da carteira de crédito, gestão de spreads, receitas de serviços e seguros”, disse.
Com esse desempenho, o Itaú BBA elevou as estimativas de lucro para 2025, projetando R$ 25 bilhões, com ROE de 14,9%, e R$ 29 bilhões em 2026, com ROE de 16,3%.
“Os níveis atuais de ROE também estão gerando capital suficiente para o crescimento, aliviando as preocupações com capital e liquidez”.
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O Bradesco continua sendo a principal escolha entre os bancos brasileiros, segundo o Itaú BBA.
Boas margens do Bradesco
Os analistas destacam que, apesar da recente redução de risco da carteira, o Bradesco conseguiu expandir os NIMs (margens financeiras) nos últimos trimestres.
“Há muitos fatores em movimento, mas a captação é um fator-chave para entender essa tendência”.
Eles afirmam que o banco vem otimizando seus custos de captação de duas formas:
- a primeira são os depósitos a prazo de varejo, com custos médios mais baixos por meio de campanhas específicas;
- por outro lado, os níveis de depósitos corporativos estão sendo maximizados.
“Vemos todas essas iniciativas para reduzir os custos de captação, combinadas com margens mais altas sobre passivos e um mix de clientes com maior rendimento, como impulsos sustentáveis para a expansão do NIM”.
Cartão de crédito, um velho aliado
Com novas tecnologias, como o Pix e os pagamentos online, os cartões de crédito perderam parte da relevância que tinham no passado.
Mesmo assim, o Itaú argumenta que os cartões continuam essenciais para o engajamento e a fidelização dos clientes.
“Esse engajamento, por sua vez, leva a mais depósitos, monetização e/ou menor propensão à inadimplência”.
No passado, quando a inadimplência disparou no pós-pandemia, o Bradesco havia reduzido suas operações com cartões.
No entanto, os dados agora mostram uma recuperação bastante consistente nos volumes de transações (TPV), embora ainda abaixo da média do sistema.
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“Pela primeira vez em muitos trimestres, o Bradesco não perdeu participação de mercado em saldos de cartão no segundo trimestre”.
Coincidência ou não, o ressurgimento do Bradesco nesse segmento ocorreu em um momento de desaceleração do Nubank (NU), segundo os analistas.
Ao analisar a variação dos saldos de cartão adicionados nos últimos doze meses, os números do Bradesco estão voltando a crescer, enquanto os do Nubank estão ligeiramente menores.
“Isso pode ser mera coincidência, já que o Bradesco tem se concentrado mais no segmento de renda média e alta, mas essa também é a fronteira de crescimento da Nu“.