O nome da esquerda nas eleições de 2026 é Luiz Inácio Lula da Silva, diz Boulos

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou nesta segunda-feira (25), durante participação no evento III Seminário Brasil Hoje, da Esfera Brasil, que a esquerda já tem definido o candidato para as eleições presidenciais de 2026: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O nome da esquerda nas eleições do ano que vem é Luiz Inácio Lula da Silva. Quem tem problema de nome hoje é a direita. É Tarcísio? É Zema? É Caiado? É Eduardo Bolsonaro? É Flávio Bolsonaro? É Michele Bolsonaro? Eles que se resolvam. Nós estamos muito bem resolvidos”, disse Boulos.
Ele destacou que a popularidade de Tarcísio de Freitas (Republicanos) entre empresários não significa força eleitoral ampla. “Quero ver ele ser aplaudido na periferia de Recife, de Salvador, aqui em Paraisópolis. Para ser presidente do Brasil, não basta agradar a Faria Lima”, afirmou.
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Jair Bolsonaro inelegível a cargos públicos até 2030. A visão é de que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação para colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
Boulos também comentou, no evento, a melhora na avaliação de Lula nas pesquisas recentes, atribuindo o movimento à percepção da população sobre os efeitos dos programas sociais e da redução de preços de alimentos.
“O debate hoje não é mais só esquerda e direita, Lula contra Bolsonaro. O debate é quem defende o Brasil e quem é contra o Brasil. O presidente Lula hoje é o defensor do Brasil”, disse.
Para o deputado, a estratégia da esquerda será repetir em 2026 a unidade que garantiu a vitória em 2022. “Nós temos uma extrema direita disputando o poder no país e no Estado. Eu vou estar, em 2026, com o presidente Lula e com uma candidatura de unidade em São Paulo.”
Aprovação do governo Lula melhora
A aprovação do governo do presidente Lula confirmou a tendência de melhora e subiu 3 pontos percentuais em agosto, mostrou pesquisa Genial/Quaest. A postura do presidente frente às tarifas comerciais impostas pelos EUA ao Brasil também foi bem avaliada pelos entrevistados, que viram de forma negativa a atuação do ex-presidente Bolsonaro e aliados sobre as tarifas.
De acordo com o levantamento, a aprovação do governo Lula passou de 43%, em julho, para 46% em agosto. Em maio, essa parcela correspondia a 40%. Os que desaprovam o governo, por sua vez, passaram de 53% em julho para 51% agora. Em maio, 57% desaprovavam o governo.
A avaliação do governo segue a mesma linha, com 31% de avaliação positiva em agosto. Em julho, essa parcela correspondia a 28%. Na rodada anterior, em maio, o governo tinha avaliação positiva de 26%.
Os que avaliam o governo negativamente agora são 39%, uma oscilação de um ponto percentual em relação ao apurado em julho, quando foram registrados 40%. Em maio, esse mesmo grupo era de 43%.
Em uma das perguntas da sondagem, em que o entrevistado é questionado sobre sua expectativa em relação à economia nos próximos 12 meses, aqueles que acreditam em uma melhora — 40% — empataram com os que esperam uma piora. Em julho, 43% acreditavam que a economia iria piorar, enquanto 35% tinham a expectativa de uma melhora.
Um tópico que mostrou uma variação significativa foi o do preço dos alimentos, tema que ajudou a abalar a popularidade de Lula. Para 60% dos entrevistados no último mês, esses preços subiram, enquanto em julho essa parcela era de 76%. Já os que disseram que esses preços caíram passaram para 18%, ante 8% no mês passado.
*Com informações da Reuters