Comprar ou vender?

O pior já passou para Braskem (BRKM5), avalia Santander; ação dispara

20 mar 2024, 13:27 - atualizado em 20 mar 2024, 13:27
Braskem
Após Braskem reportar prejuízo no quarto trimestre de 2023, o pior ficou para trás (Imagem: Divulgação/Braskem)

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (20), o Santander (SANB11) elevou a recomendação dos papéis de Braskem (BRKM5), indo de “neutra” para “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente à compra).

O preço-alvo também subiu, indo de R$ 22,5 para R$ 27. Em reação, a ação disparava no Ibovespa (IBOV), liderando as altas por volta de 13h15, em ganhos de 8,69%, mas o papel chegou a disparar mais de 10%.



Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz avaliam que após a petroquímica reportar prejuízo líquido de R$ 1,575 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), “o pior já ficou para trás” para a empresa.

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Apesar do ciclo petroquímico continuamente fraco e da continuação dos spreads baixos — devido a um mercado bem abastecido — o time tem expectativa de melhores resultados para Braskem em 2024. Alguns direcionadores explicam o otimismo, sendo:

  • melhores resultados no México, devido à maior utilização e aos preços mais baixos do etanol;
  • maiores volumes de PE Verde, que apresentam margens acima da média e menos voláteis;
  • ajustes operacionais, incluindo reduções de custos, melhorias comerciais, postergações de investimentos não essenciais e otimizações de capital de giro.

Braskem: Vem fusão por aí?

O Santander prevê uma retomada nas discussões sobre fusões e aquisições (M&A) entorno de Braskem, à medida que a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) termina a sua due diligence e novos concorrentes entram no processo.

O banco lembra que a imprensa noticiou há poucos dias que Adnoc e Novonor ainda vão se sentar à mesa antes de oferta pela Braskem. Os analistas acreditam que a petroleira estatal poderá, em breve, discutir os detalhes finais para uma oferta vinculativa com a Novonor.

“Embora nosso EBITDA em 2024 de aproximadamente US$ 1,3 bilhão esteja amplamente alinhado com o consenso, acreditamos que o mercado estará cada vez mais focado no fluxo de notícias relacionadas a fusões e aquisições versus os fundamentos, que apoiam nossa visão renovada e mais otimista sobre as ações”.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
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