Coluna do Roberto Ribas

O que a liderança tem a ver com seu uso da Inteligência Artificial?

06 dez 2023, 13:48 - atualizado em 06 dez 2023, 13:48
inteligencia artificial
Em vez de descartá-la na primeira ocasião, exerça a liderança sobre a Inteligência Artificial. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Se você é líder de equipes, sabe que essa é uma relação determinante para alcançar os melhores resultados. Uma boa liderança é capaz de desenvolver as pessoas para que atinjam o melhor de si, contribuindo para superar metas e ir além dos seus potenciais.

Esse é um processo contínuo, que exige paciência, feedback, correção de rumos — e, até mesmo, a troca de algumas peças no caminho. Por outro lado, uma liderança fraca pode colocar a perder seus objetivos, trazendo riscos ao negócio.

E se aplicássemos essa mesma lógica para o uso da inteligência artificial? Especialmente para as IAs generativas, como o ChatGPT, o Bard e o Bing — com os quais “conversamos” como se, do outro lado, estivesse uma pessoa que nos responde, à sua maneira e da forma como foi programada.

Aí é que entra o pulo do gato: embora a IA tenha sua programação, a melhor (ou pior) resposta também dependerá da pergunta feita. Isso depende inteiramente de você, que deve assumir um papel de liderança nessa relação com a máquina.

A inteligência artificial como estagiários

Li recentemente um artigo do professor Ethan Mollick, da Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Ele comenta que estamos em um momento peculiar no qual bilhões de pessoas acabaram de receber “estagiários gratuitos” — ou seja, as IAs.

Pensando nessas ferramentas como pessoas, ele recomenda que, como qualquer novo trabalhador, teremos de treinar esse “estagiário” para conhecê-lo melhor, bem como saber seus pontos fracos e fortes. Ao refiná-lo, poderemos incorporar a inteligência artificial ao dia a dia de trabalho.

É um ponto de vista bem relevante e que muitos não estão percebendo ao usar ferramentas como o ChatGPT. Pedimos determinadas tarefas a elas e a primeira resposta talvez não seja aquela que esperávamos, o que nos frustra e leva a crer que a IA não vai nos ajudar.

Você faria isso com um estagiário que recém entrou na sua equipe? Ou com um colaborador em seu primeiro dia de emprego? Se a resposta é não, por que fazer isso com uma ferramenta que você mal começou a utilizar?

Como liderar uma IA?

Em vez de descartá-la na primeira ocasião, exerça a liderança sobre a IA. O ChatGPT, por exemplo, vai aprimorando as respostas de acordo com seus feedbacks.

Você pode propor melhorias, outros formatos de apresentação, ir refinando de acordo com a tarefa exigida. Verifique também se seu prompt (ou seja, a sua pergunta) está adequada ou se necessita de mais informações.

Como na liderança de uma equipe, tenha paciência, teste as diversas opções oferecidas e vá descobrindo todo o potencial que as plataformas nos dão. Ao final desse processo, você saberá exatamente como a IA poderá ajudá-lo em suas demandas e, assim, contribuir para os melhores resultados do seu trabalho. Exatamente como seria ao liderar uma equipe.

E, como disse o professor Ethan, “a IA que você está usando é a pior e menos capaz IA que você já usou”. Essa tecnologia está evoluindo cada vez mais rápido e vai revolucionar muito mais tarefas cotidianas. Novos e ainda mais incríveis estagiários logo virão — e você deve estar pronto para liderá-los.

Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia
Roberto Ribas é Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia. Com 22 anos de experiência, ao longo da trajetória, concebeu a metodologia BXM (Brand Experience Management) e sempre esteve na liderança de times multidisciplinares, na concepção e desenvolvimento de projetos de estratégias de marca e transformação digital para grandes marcas. Atuou no fortalecimento do setor, sendo co-fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi/RS). É formado pela UFRGS e tem especialização em Marketing pela ESPM.
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Roberto Ribas é Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia. Com 22 anos de experiência, ao longo da trajetória, concebeu a metodologia BXM (Brand Experience Management) e sempre esteve na liderança de times multidisciplinares, na concepção e desenvolvimento de projetos de estratégias de marca e transformação digital para grandes marcas. Atuou no fortalecimento do setor, sendo co-fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi/RS). É formado pela UFRGS e tem especialização em Marketing pela ESPM.
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