O que a PagSeguro e a Stone podem aprender com o coronavírus nos EUA
A pandemia de coronavírus, para além dos efeitos devastadores na saúde e na economia, alterou profundamente diversos hábitos e acelerou drasticamente tendências pré-existentes à Covid-19.
Um relatório repercutido pelo BTG Pactual (BPAC11), ao qual o Money Times teve acesso, traz luz justamente ao crescimento dos meios de pagamentos sem o uso do dinheiro vivo nos Estados Unidos, o que pode alavancar a expansão tanto da PagSeguro (PAGS), quanto da Stone (STNE), ambas brasileiras listadas em Nova York.
O levantamento da empresa norte-americana Square traça um paralelo entre a elevação dos casos de Covid-19 nos EUA, simultaneamente ao salto nas transações de pagamento eletrônico sem o uso de cédulas de dinheiro.
Durante o mês de abril, ocorreu uma multiplicação expressiva no número de pagamentos remotos, auge da pandemia nos EUA, como também no Brasil.
Antes do coronavírus, o segmento representava apenas 6% das transações totais, mas no mês referido chegou a captar 24% das operações. Agora, a taxa estabilizou a uma média de 12%, aponta o levantamento.
Por razões óbvias, as notas de dinheiro são um vetor significativo de transmissão do vírus, que pode se fixar na superfície das cédulas por extensos períodos. Logo, aumentou a demanda por formas de pagamento eletrônicas, especialmente as que evitam o toque.
“Vemos essas tendências como um importante rito de passagem para empresas como a PagSeguro e a Stone, que na nossa visão serão as grandes ganhadoras da maior penetração dessa modalidade de pagamento, inclusive no Brasil”, sinaliza o analista Eduardo Rosman.
O BTG Pactual matém recomendação de compra para ambas ações da PagSeguro e da Stone.