Mercados

O que ainda pode levar o petróleo a US$ 135, segundo o Santander

23 jun 2025, 14:01 - atualizado em 23 jun 2025, 14:01
petróleo
(Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

O Santander alertou em relatório que a escalada do conflito no Oriente Médio pode levar o preço do petróleo Brent a até US$ 135 por barril caso haja interrupção total, mesmo que temporária, no Estreito de Ormuz — rota por onde passam cerca de 20% do petróleo e derivados do mundo.

O parlamento iraniano aprovou o fechamento do estreito, mas a decisão final ainda depende do Conselho Supremo de Segurança Nacional. Apesar da ameaça, o Santander vê pouco incentivo para um bloqueio prolongado, já que o Irã exporta 1,5 milhão de barris por dia pela rota (11% do total) e 40% do petróleo que passa por ali vai para a China.

As alternativas ao estreito são limitadas, com apenas 2,6 milhões de barris por dia de capacidade ociosa em oleodutos da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.

O risco já adicionou um prêmio geopolítico de US$ 15 ao barril. Segundo o Santander, os preços só se manteriam acima de US$ 100 por um longo período se o bloqueio for sustentado, o que ainda é incerto.

Sem interrupções, o banco espera o Brent entre US$ 70 e US$ 85 no curto prazo.

Petróleo recua hoje

Os preços do petróleo caíam mais de 2%, tendo atingido a máxima de seis meses antes, já que o transporte de petróleo e gás continuava no Oriente Médio após os ataques aéreos dos EUA contra o Irã no fim de semana.

O Irã ameaçou várias vezes retaliar os ataques dos EUA, mas ainda não o fez de forma significativa.

Os mercados de ações foram pressionados nos últimos dias, uma vez que os ataques entre Israel e Irã aumentaram as preocupações sobre um conflito mais amplo no Oriente Médio, afetando os preços do petróleo e levantando receios sobre um ressurgimento das pressões inflacionárias.

“Acho que o mercado está certamente em um padrão de espera, aguardando para ver o nível da resposta do Irã aos ataques do fim de semana dos EUA”, disse Ross Mayfield, estrategista de investimentos da Baird.

“Há uma sensação de que os investidores estão condicionados a não pensar que os conflitos geopolíticos no Oriente Médio terão um impacto de longo prazo sobre o mercado.”

*Com informações da Reuters

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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