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O que está acontecendo com a Vale (VALE3)? Ação engata 3º pregão seguido de queda

31 jan 2023, 19:01 - atualizado em 31 jan 2023, 19:01
Vale cai pelo terceiro pregão seguido; Inter acha que ação está com preço justo (Imagem: REUTERS/Yusuf Ahmad)

A Vale (VALE3) marcou nesta terça-feira (31) sua terceira sessão consecutiva de queda.

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O movimento segue a queda dos preços do minério de ferro na China, com o preço de referência na bolsa de Dalian recuando da máxima do contrato da sessão anterior conforme o mercado avaliava a demanda no país asiático.

Apesar disso, a matéria-prima siderúrgica encerra o mês em alta, aproveitando o recente rali que se formou diante das perspectivas renovadas dos traders quanto à reabertura da economia chinesa após o fim da política de Covid Zero.

Na contramão da Vale, que recuou 0,49%, as ações das empresas do setor de mineração e siderurgia avançaram. A CSN Mineração (CMIN3) subiu 3,49%, dando continuidade à trajetória de alta do pregão anterior.

Mas por que a Vale engatou movimento contrário ao do setor nos últimos dias?

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Preço justo

No último fechamento, que contou com uma dinâmica bem parecida com a do pregão desta terça (Vale em queda e demais mineradoras e siderúrgicas terminando o dia com ganhos), Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, avaliou o movimento da Vale como uma correção.

As ações da Vale se recuperaram bem junto com os preços do minério de ferro, saindo dos R$ 60 em setembro de 2022 para o patamar atual de R$ 94-95.

Para o Inter Research, a companhia chegou ao preço justo e não deve subir muito mais. A casa adota uma posição de cautela em relação à Vale – na verdade, ao movimento de recuperação da economia chinesa, citando a incerteza em relação ao ritmo de retomada da atividade no país.

Gabriela Joubert, analista-chefe do Inter, explica que o que tem contribuído para a alta dos preços do minério de ferro é o otimismo que o mercado tem gerado sobre o processo de reabertura da segunda maior economia do mundo e de estocagem sazonal antes do Ano Novo Lunar.

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Por isso, com a China voltando do feriado prolongado de Ano Novo Lunar, fevereiro será um mês “extremamente importante” para entender ou antecipar como será realmente a demanda chinesa para o restante do ano, acrescenta Joubert.

“A gente precisa ter dados mais contundentes para confirmar que esse processo vai dar a guinada que todo mundo está esperando”, defende a analista.

O Inter ainda tem recomendação “neutro” para a Vale, assim como o Goldman Sachs, que também menciona as incertezas ainda elevadas quanto à recuperação do mercado chinês.

Para o Goldman Sachs, é provável que os investidores fiquem desapontados com a magnitude da recuperação da demanda chinesa pós-Ano Novo Lunar. O sentimento negativo chega até o segundo trimestre de 2023, com a situação do mercado imobiliário no país ainda deteriorada.

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O time de análise do Goldman Sachs está estruturalmente mais otimista com o petróleo do que com o minério de ferro.

O que dizem os otimistas?

Há quem acredite que a forte recuperação do setor de mineração e siderurgia não é precipitada. É o caso da Guide Investimentos.

Na avaliação do analista Mateus Haag, as sinalizações que o governo chinês vem dando a favor do fim da política de Covid Zero se sobressaem às restrições ainda presentes.

“Sabemos que, assim que essa crise for sanada, devemos ver um retorno à normalidade das atividades na China”, diz.

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Para Haag, a ação da Vale tem potencial para mais valorização e deve “se manter firme” no longo prazo.

“É possível que a empresa sofra alguns trimestres à frente, devido a uma queda do preço do minério. Contudo, Vale é uma das mineradoras com menor cash cost do mundo e seu produto é de extrema importância na atualidade”, explica.

A Vale é a favorita da casa no setor de mineração.

A Vale divulgou hoje, após o fechamento do mercado, seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2022. O volume do período caiu tanto no comparativo trimestral quanto anual.

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No ano, a produção totalizou 307,8 milhões de toneladas, abaixo da projeção de 310 milhões de toneladas do ingrediente siderúrgico para 2022.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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