O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

1. Ibovespa: indice recua com Petrobras e foco em cena política, mas Vale atenua perda
O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, pelo terceiro pregão seguido, com Petrobras mais uma vez entre os maiores pesos negativos, enquanto Vale subia e atenuava a pressão vendedora no índice diante de nova alta do minério de ferro na China.
Às 13h15, o Ibovespa caía 0,99%, a 118.283.13 pontos. O volume financeiro era de 7,9 bilhões de reais.
Wall Street, por sua vez, abriu com novos recordes, após resultados corporativos, enquanto os investidores aguardam discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em busca de pistas sobre o ritmo da recuperação econômica.
No Brasil, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destacou que a agenda continuará sendo monopolizada pela política, incluindo votação esperada para essa quarta-fera de projeto de autonomia do Banco Central.
Ele também citou que, pressionado pelo Congresso e pela ala política do governo, o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar a volta do auxílio emergencial na próxima semana
2. Projeto prorroga auxílio emergencial até dezembro para quem já tinha direito em 2020
O Projeto de Lei 308/21 prorroga até o fim deste ano a concessão do auxílio emergencial de R$ 600, instituído no ano passado pela Lei 13.982/20.
O benefício será devido aos trabalhadores que já tinham direito ao auxílio no ano passado.
O deputado José Ricardo (PT-AM), autor da proposta, afirma que a grave crise sanitária e suas consequências econômicas, que justificaram a aprovação do beneficio em 2020, tornam a se repetir neste início de 2021 com maior intensidade.
Para exemplificar a gravidade da situação atual, o parlamentar do Amazonas lembra o caos que se instalou em seu estado.
“Com a segunda onda, em janeiro passado o estado contabilizou o maior número de internações pela doença, superando índices alcançados entre abril e maio de 2020”, compara Ricardo, acrescentando que no primeiro mês do ano 2.522 pessoas morreram de Covid-19 no Amazonas.
3. Presidente da Anvisa diz esperar que Bolsonaro vete prazo de 5 dias para análise de vacinas
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse nesta quarta-feira que espera que o presidente Jair Bolsonaro vete lei aprovada pelo Congresso que determina prazo de cinco dias para o órgão regulador chancelar vacinas contra a Covid-19.
A declaração de Barra Torres foi dada à imprensa após ele se reunir com Bolsonaro no Palácio do Planalto para pedir ao presidente que vete a proposta, incluída em medida provisória aprovada pelos parlamentares. Ele avaliou como “irreal” o prazo de cinco dias para a agência analisar o pedido de registro de uma vacina.
“Isso (veto) foi pedido objetivamente ao senhor presidente, e digo que não estou aqui de maneira monocrática, eu trago o posicionamento de toda a diretoria colegiada e também o posicionamento de toda a área técnica, e quando eu digo área técnica, são os servidores concursados da agência”, disse Barra Torres.
“O senhor presidente reiterou mais uma vez aquilo que vem dizendo sempre à imprensa, que o Ministério da Saúde, e portanto o governo, só vai adquirir e incorporar no Programa Nacional de Imunização vacinas analisadas e chanceladas pela Anvisa. Eu entendo essa colocação do presidente, que ele acabou de reiterar para nós, como uma sinalização muito positiva em direção a um possível veto”, acrescentou.
Barra Torres disse ainda esperar que, uma vez barrado por Bolsonaro o prazo de cinco dias de análise, o veto seja mantido pelo Congresso Nacional.
4. Europa precisará de ajuda fiscal até 2022, diz Lagarde
Os países da zona do euro precisam manter seus gastos fiscais altos este ano e até 2022 para proteger o bloco dos danos permanentes causados pela pandemia de coronavírus, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, em entrevista online ao The Economist nesta quarta-feira.
Lagarde também pediu aos líderes da União Europeia que avancem com o pacote de gastos da Próxima Geração de 750 bilhões de euros da UE, já que algumas restrições econômicas podem permanecer em vigor até o segundo semestre do ano.
5. Premiê britânico alerta para novas vacinações contra Covid devido a mutações
O povo britânico deve esperar receber vacinações repetidas contra a Covid-19 no futuro para acompanhar as mutações do vírus, alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, nesta quarta-feira.
Enquanto vacinas são preparadas às pressas em todo o mundo, pesquisadores cogitam ajustes e doses de reforço para torná-las mais eficazes contra novas variantes, algumas das quais parecem se disseminar mais rapidamente.
Entre as mais preocupantes para cientistas e especialistas de saúde pública estão as chamadas variantes britânica, sul-africana e brasileira.
“Acho que teremos que nos acostumar à ideia de vacinar e revacinar no outono, agora que enfrentamos estas novas variantes”, disse Johnson ao Parlamento.
No início desta semana, o secretário da Saúde, Matt Hancock, disse que o Reino Unido acertou comprar 50 milhões de doses novas de vacinas especificamente para novas variantes da Covid-19.
Na terça-feira, o chefe do Grupo de Vacinas de Oxford disse que ainda não está claro se o mundo precisa de uma nova série de vacinas para combater variantes diferentes do novo coronavírus, mas que cientistas estão trabalhando nelas, e por isso não existe motivo para alarme.