BusinessTimes

O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

25 fev 2021, 13:02 - atualizado em 25 fev 2021, 13:04
Mercados Day Trader Trading
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Freepik/@standret)

1. Ibovespa avança com resultado recorde da Petrobras; Ultrapar e Ambev pesam

Ibovespa buscava manter sinal positivo nesta quinta-feira, apoiado principalmente na Petrobras após resultado recorde no último trimestre de 2020, mas o fôlego era contido pela reação a números menos animadores de Ultrapar e Ambev.

Às 13h, o Ibovespa caia 0,44 %, a 115.096.79 pontos. O volume financeiro era de 5,7 bilhões de reais.

Em meio à temporada de balanços, a equipe da CM Capital Markets também chamou a atenção o avanço nas propostas de privatização entre os fatores positivos para a bolsa brasileira, conforme nota enviada a clientes.

Na véspera, o governo entregou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que define o novo marco do setor postal, proposta esta que permite a desestatização dos Correios e a atuação da iniciativa privada na área.

Um dia antes, o governo do presidente Jair Bolsonaro havia entregado ao Congresso Nacional a medida provisória relacionada à privatização da Eletrobras.

No exterior, os futuros do Nasdaq e do S&P 500 continuavam sob pressão, com os investidores saindo de ações relacionadas a tecnologia e passando para papéis que devem se beneficiar de uma recuperação econômica neste ano.

2. Petrobras promete troca de CEO “suave e eficiente”

A atual diretoria da Petrobras (PETR4PETR3ficará pelo menos até o fim de seu mandato, em 20 de março, e está disposta a contribuir para que a troca de comando seja feita de maneira “suave e eficiente”, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Roberto Castello Branco.

As afirmações vem após o presidente Jair Bolsonaro decidir não renovar o mandato de Castello Branco, após considerar excessivos reajustes nos preços de diesel gasolina realizados pela petroleira nas refinarias na semana passada.

Em videoconferência com analistas de mercado, o executivo frisou ainda que está disposto a ajudar no processo de transição da presidência da empresa. Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para ser o novo CEO.

“Estaremos dispostos a fazer (a transição) de maneira mais suave e eficiente”, afirmou, ao explicar que ainda não tem informações sobre como se dará o processo

Segundo ele, os diretores ficarão até o final do mandato e depois aguardarão as decisões do novo comando.

“Nós continuamos a trabalhar normalmente pelo menos até 20 de março, o que estamos fazendo não mudará… inclusive no que diz respeito a paridade nos preços de importação”, afirmou ele, na apresentação dos resultados da empresa em 2020.

Durante a videoconferência, analistas de mercado elogiaram o trabalho de Castello Branco, antes de realizar suas perguntas.

3. Pedidos de auxílio-desemprego dos EUA caem mais do que o esperado

Menos norte-americanos entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada em meio à queda das infecções por Covid-19, mas as perspectivas de curto prazo para o mercado de trabalho não estão claras depois que as tempestades de inverno devastaram a região Sul do país em meados deste mês.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 730 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 20 de fevereiro, em comparação com 841 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 838 mil solicitações na última semana.

As solicitações estão fora de sincronia com uma melhora nas condições econômicas gerais, conforme a onda de inverno (no Hemisfério Norte) do coronavírus recua e 900 bilhões de dólares em ajuda adicional diante da pandemia, fornecidos pelo governo no final de dezembro, circulam pela economia.

Os casos diários de coronavírus e hospitalizações caíram para níveis vistos pela última vez antes dos feriados de Ação de Graças e Natal nos Estados Unidos, permitindo que mais empresas de serviços reabram. As vendas no varejo subiram à maior taxa em sete meses em janeiro. A percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho também melhorou neste mês.

Os pedidos persistentemente altos foram parcialmente atribuídos a fraudes no Estado de Ohio. Uma escassez global de chips semicondutores forçou fechamentos temporários e reduções de turno em algumas fábricas de montagem de veículos motorizados.

Na próxima semana, as solicitações de auxílio-desemprego podem ser impulsionadas pelo clima agressivo no Sul do país, que deixou grande parte do Texas sem energia elétrica e sem água por dias.

Embora os pedidos tenham caído de um recorde de 6,867 milhões atingido em março passado, quando a pandemia abalou as regiões costeiras dos Estados Unidos, eles permanecem acima do pico de 665 mil atingido durante a Grande Recessão de 2007-09.

4. Confiança do comércio tem leve alta em fevereiro, informa FGV

O Índice de Confiança do Comércio, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,2 ponto de janeiro para fevereiro e chegou a 91 pontos, em uma escala que vai de zero a 200 pontos. Essa foi a primeira alta depois de quatro quedas consecutivas do indicador.

Empresários de três dos seis principais segmentos do comércio aumentaram sua confiança. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 3,8 pontos e atingiu 95,9 pontos, maior valor desde fevereiro do ano passado, último mês antes da pandemia.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, no entanto, caiu 3,5 pontos, para 86,5 pontos, menor nível desde junho de 2020 (82,0 pontos).

“Ainda é preciso cautela na análise do resultado, pois os empresários do setor avaliam piora no ritmo de vendas pelo quinto mês seguido. Por outro lado, há uma melhora nas expectativas, mas que podem ser interpretados como redução do pessimismo, dado que o índice ainda está abaixo do nível neutro de 100 pontos”, explica o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler.

Tobler acrescenta que o cenário neste início do ano “não é muito animador para o setor, mas expectativas sobre novos programas de auxílio do governo, avanço da vacinação e melhora na confiança do consumidor podem contribuir para recuperação das vendas ao longo do ano”.

5. Arrecadação federal abre o ano com queda real de 1,5% em janeiro

A arrecadação federal registrou queda real de 1,5% em janeiro sobre o mesmo mês do ano passado, e somou 180,221 bilhões de reais, mostraram dados da Receita Federal nesta quinta-feira.

O desempenho interrompeu uma sequência de cinco meses de alta no recolhimento de receitas.

Em relatório, a Receita disse que a arrecadação sofreu no mês o impacto de fatores não recorrentes e de mudanças na legislação e que, se não fossem essas condições, a arrecadação teria tido alta real de 3,72% em janeiro sobre o mesmo período de 2020.

Entre esses fatores extraordinários, o Fisco destacou a redução a zero do IOF incidente sobre operações de crédito, com impacto de 1 bilhão de reais, e um crescimento de 6,4 bilhões de reais nas compensações tributárias. Por outro lado, houve uma arrecadação extraordinária de 1,5 bilhão de reais de IRPJ/CLSS.

Entre os tributos de maior arrecadação, o recolhimento do IRPJ/CSLL teve alta real de 5,78%, para 57,591 bilhões de reais, enquanto o do Cofins/Pis-Pasep caiu 3,92%, a 30,410 bilhões de reais. As receitas previdenciárias tiveram retração de 5,83%, somando 36,281 bilhões de reais.

Compartilhar

No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
equipe@moneytimes.com.br
No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.