Mercados

O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

16 mar 2021, 13:08 - atualizado em 16 mar 2021, 13:08
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
Veja os principais destaques desta terça-feira (Imagem: B3/Divulgação)

1. Ibovespa recua antes de Federal Reserve e Copom

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Ibovespa mostrava certa fraqueza nesta terça-feira, com agentes financeiros preferindo posições comedidas antes de decisões de política monetária nesta semana, particularmente nos Estados Unidos e Brasil.

Às 13h10, o Ibovespa caía 0,83%, a 113.853,38 pontos. O volume financeiro somava 4,9 bilhões de reais.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve começam nesta sessão suas reuniões, mas os respectivos resultado serão conhecidos apenas na quarta-feira.

No caso do Fed, que apresentará projeções econômicas junto com seu comunicado, previsto para 15h (horário de Brasília), há expectativa de que ele estime que a economia dos EUA crescerá em 2021 à taxa mais rápida em décadas.

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Ao mesmo tempo, não deve apresentar mudança relevante no tom sobre sua política monetária.

Em relação ao Copom, que divulga a decisão após o fechamento do mercado, a previsão é que eleve a Selic pela primeira vez em quase seis anos, com uma alta de 0,5 ponto percentual sobre os atuais 2% ao ano.

A equipe da Levante também chamou a atenção o revés no noticiário ligado a vacinas contra a Covid-10, com vários países na Europa suspendendo o uso do imunizante do laboratório AstraZeneca, que no Brasil é produzido pela Fiocruz.

“Isso quer dizer um atraso na imunização das populações, com reflexos negativos na retomada da atividade econômica”, afirmou em nota a clientes.

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Na véspera, Alemanha, Itália e França comunicaram que suspenderão o uso das vacinas contra coronavírus da AstraZeneca. Um painel de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) deve emitir um comunicado sobre a vacina nesta terça.

2. Brasil abre 260.353 vagas formais de trabalho em janeiro, acima do esperado

Brasil abriu 260.353 vagas formais de trabalho em janeiro, número acima do esperado por economistas e impulsionado por contratações da indústria e do setor de serviços, mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Economia.

O resultado veio bem acima das expectativas de analistas consultados pela Reuters, que previam a abertura de 122 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.

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Também superou a criação líquida de vagas registrada em janeiro de 2020, de 117.793, quando a economia do país ainda não havia sido impactada pela pandemia da Covid-19 .

No primeiro mês do ano houve abertura de vagas em todos os setores da economia, com destaque para indústria (+90.431) e serviços (+83.686), seguido da construção (+43.498) e agropecuária (+32.986).

O setor de comércio, que sofre o impacto mais direto das medidas de isolamento social adotadas para o enfrentamento da pandemia, criou 9.848 postos.

Enquanto o desemprego no setor informal tem batido recordes, o trabalho formal foi protegido durante a crise por programa do governo que ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofressem redução de jornada e salários.

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O programa, denominado BEM, se encerrou em dezembro, mas o governo já anunciou que ele será reeditado, em novas bases.

Em dezembro, o país fechou 93.726 vagas, segundo dado com ajustes de 67,9 mil informado originalmente. O fechamento de postos, que obedece a tendência sazonal, se deu após cinco meses consecutivos de abertura de vagas.

3. Indicado para Saúde, Queiroga diz que a política de ação contra pandemia é do governo e não do ministro

No dia seguinte a sua indicação para o cargo de ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga afirmou nesta terça-feira que a política de saúde é do governo do presidente Jair Bolsonaro e cabe ao ministério executar as medidas e que irá dar continuidade às ações planejadas por Eduardo Pazuello.

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“O governo está trabalhando. As políticas públicas estão sendo colocadas em prática. O ministro Pazuello anunciou todo o cronograma da vacinação. A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, disse Queiroga a jornalistas ao chegar para sua primeira reunião no ministério.

“Ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho.”

O nome de Queiroga foi anunciado na noite de segunda-feira por Bolsonaro, em substituição a Pazuello. A informação de que o ministro deixaria o cargo surgiu no final de semana mas, ao mesmo tempo em que o general negava que tivesse pedido para sair, o presidente fazia contatos com a cardiologista Ludhmila Hajjar, indicada por, entre outros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Queiroga, apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho.

A nomeação de Queiroga deve sair na quarta-feira no Diário Oficial, mas o futuro ministro iniciou nesta terça já as reuniões de transição no ministério.

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Questionado sobre temas como o uso de cloroquina e lockdown, que costumam afastar Bolsonaro de boa parte da comunidade científica, Queiroga se recusou a responder. Afirmou que suas posições são públicas e o necessário hoje é uma “união nacional”.

“O presidente está muito preocupado com essa situação, ele tem pensado nisso diuturnamente e vamos buscar soluções. Não tem vara de condão para solucionar os problemas da saúde pública”, disse.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, no domingo –quando seu nome começou a circular como possível ministro– Queiroga afirmou ser contra o uso da cloroquina.

4. Coronavírus: as grandes empresas estão ficando maiores, e as pequenas, menores

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Os milhões de desempregados, a perda de renda e as quedas do PIB são os impactos mais visíveis e imediatos da pandemia de coronavírus na economia mundial. Mas outro efeito começa a preocupar os economistas: a concentração de mercado, decorrente da falência de milhares de pequenas e médias empresas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta segunda-feira (15), um estudo sobre o assunto, com dados que mostram que, desde a eclosão da Covid-19, as grandes empresas estão ficando maiores, e as pequenas, menores.

“A crise em curso resultará numa onda de falências que atingirá com mais força as pequenas e médias empresas, particularmente nos setores mais afetados”, afirma o documento. “As análises sugerem que as falências motivadas pela pandemia levarão ao aumento da concentração de mercado e do poder de dirigi-lo”, completa.

O FMI analisou a concentração de mercado de diversos setores em 61 países, antes da pandemia. Na média, as quatro maiores empresas desses setores detinham, em conjunto, 56% de seus respectivos mercados. Quando a pandemia acabar, essa fatia terá subido para 60%.

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Perda de dinamismo

Os autores do estudo alertam, ainda, que fusões e aquisições conduzidas pelas empresas líderes de cada setor tendem a gerar menos benefícios, do que quando os acordos são fechados entre empresas de pequeno e médio portes.

O ritmo de crescimento das vendas, por exemplo, desacelera 7 pontos percentuais, após uma grande empresa comprar uma rival menor. Já os investimentos em pesquisa e desenvolvimento caem entre 3% e 4%.

“Preocupantemente, nossa análise mostra que M&As conduzidas pelas empresas líderes contribuem para o declínio do dinamismo da indústria em geral”, afirmam os economistas do FMI.

5. Bolsonaro retira indicação de militar para diretoria da Anvisa e substitui por servidor de carreira

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O presidente Jair Bolsonaro retirou a indicação do tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann para uma diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentou ao Senado o nome de Romison Rodrigues Mota, que é servidor de carreira e já atua como diretor substituto.

Militar sem qualquer ligação com a área de saúde e muito menos com medicamentos e vacinas, Kormann havia sido indicado por Bolsonaro para a diretoria de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, área responsável por autorizar o uso de imunizantes e outros remédios.

Kormann é secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde e um defensor do chamado “tratamento precoce” com medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não tem comprovação de eficácia contra a Covid-19.

A indicação teve oposição aberta dos servidores da Anvisa. A associação da categoria, em nota, questionou a formação do militar –que é formado em administração de empresas mas não tem nenhuma experiência não apenas em medicamentos, mas em agências reguladoras– e ressaltou que ele não atenderia as exigências da lei de criação da agência.

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A indicação também teve resistência no Senado, que precisa aprovar a indicação e havia risco de não aprovação.

Bolsonaro apontou Kormann em 20 de novembro, mas o nome não foi colocado em apreciação até o momento. Alessandra Bastos Soares ocupou o cargo até o final de dezembro, quando seu mandato se encerrou.

Desde então, Romison Mota vem ocupando a diretoria como diretor-substituto. Economista com especialização em vigilância sanitária pela Fundação Oswaldo Cruz, Mota é servidor de carreira da Anvisa desde 2005.

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