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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

28 out 2020, 13:34 - atualizado em 28 out 2020, 13:34
Mercados Queda Ações
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Reuters/José Manuel Ribeiro)

1. Ibovespa sucumbe à aversão a risco externa com avanço de Covid-19 e perde 3%

Ibovespa trabalhava abaixo dos 97 mil pontos nesta quarta-feira, sucumbindo à aversão a risco generalizada nos mercados globais por causa do avanço do Covid-19, em sessão ainda marcada por uma bateria de resultados corporativos e expectativa para a decisão de juros do Banco Central.

Às 13h30, o Ibovespa caía 3,08%, a 96.535,84 pontos, com todas as ações em baixa. O volume financeiro somava 8 bilhões de reais.

Em Nova York, os pregões registravam fortes perdas, com o aumento de casos de coronavírus a uma taxa alarmante nos Estados Unidos e na Europa minando apostas mais positivas sobre a recuperação da atividade econômica global, além de perspectivas de uma disputa acirrada na eleição presidencial nos EUA.

“A contínua elevação do número de casos de Covid-19 na Europa segue preocupando os mercados sobre a recuperação econômica do continente no quarto trimestre, e governos consideram medidas mais restritivas”, afirmou a equipe da XP Investimentos em nota a clientes.

2. Confiança da indústria do Brasil atinge em outubro máxima em 9 anos e meio, diz FGV 

A confiança da indústria brasileira chegou em outubro ao nível mais alto em 9 anos e meio diante do otimismo no setor para o futuro próximo, de acordo com os dados informados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 4,5 pontos em outubro e chegou a 111,2 pontos, o maior nível desde abril de 2011 (111,6 pontos).

“A sondagem de outubro mostra que o setor industrial está mais satisfeito com a situação atual e otimista que esse resultado será mantido nos próximos três meses”, explicou em nota a economista da FGV-Ibre Renata de Mello Franco.

“Entre as categorias de uso, os Bens Intermediários merecem destaque por alcançarem o maior nível de confiança do setor, influenciado principalmente pela melhora dos indicadores de situação atual”, completou.

Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 6,4 pontos, a 113,7 pontos, máxima desde novembro de 2010. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,7 pontos, a 108,6 pontos, maior valor desde maio de 2011.

3. Retomada da China mostra sinais divergentes com incerteza global

A recuperação econômica da China apresentou sinais divergentes, embora tenha permanecido amplamente estável em outubro, com pequenas empresas mais cautelosas e o mercado imobiliário mais fraco, mesmo com o aumento das vendas de automóveis.

O índice agregado que combina oito indicadores iniciais monitorados pela Bloomberg ficou inalterado em relação ao mês anterior.

A confiança de pequenas empresas diminuiu em outubro, com desaceleração geral de subíndices, de acordo com o Standard Chartered, que pesquisa mais de 500 empresas de menor porte mensalmente.

Como o maior exportador mundial, a China está exposta às perspectivas de deterioração no resto do mundo em meio ao aumento de casos de coronavírus, o que ameaça a recuperação doméstica que ainda se mantém sólida.

“O ritmo de recuperação desacelerou em outubro”, disseram economistas do Standard Chartered, Shen Lan e Ding Shuang, em relatório. “O subíndice de ‘expectativas’ caiu para 52,6 em outubro em relação a uma média de 54,7 no terceiro trimestre, indicando uma perspectiva de negócios mais cautelosa até o fim do ano.”

4. Vitória de Biden favoreceria remessas e política da América Latina, diz Citi

Uma vitória de Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos seria positiva para o fluxo de remessas para a América Latina e melhoraria as relações políticas e comerciais, de acordo com o Citigroup.

Segundo economistas liderados por Ernesto Revilla, as relações dos EUA com a região melhorariam em “múltiplas dimensões”, já que o candidato democrata favorece o livre comércio e mais engajamento na economia global. Sua tendência a ampliar os gastos fiscais também seria positiva, especialmente se isso resultar em um dólar mais fraco.

“Mudanças nas políticas dos EUA serão muito importantes para a América Latina”, escreveram economistas em relatório. “Vale lembrar que, como vice-presidente, foi Biden quem liderou a política dos EUA em relação à América Latina em uma ampla gama de questões.”

As remessas com origem nos EUA podem melhorar com Biden, já que o governo estaria menos interessado em reprimir a migração ilegal, disse o Citi. Um grande pacote fiscal, que é mais provável do que sob um governo Trump, também seria positivo para remessas.

O México, o Caribe e a América Central seriam os que mais se beneficiariam com o melhor cenário para as remessas e comércio, bem como com o crescimento mais forte dos EUA, disseram economistas do Citi.

5. Reino Unido pode disponibilizar vacina contra Covid-19 antes do Natal

Uma vacina contra a covid-19 pode ser disponibilizada para algumas pessoas no Reino Unido antes do Natal, mas um lançamento no início de 2021 é o mais provável, disse Kate Bingham, a responsável pela aquisição de possíveis imunizantes no país, nesta quarta-feira.

“Se as primeiras duas vacinas, ou qualquer uma delas, mostrarem que são seguras e eficazes, acho que há uma possibilidade de que a disponibilização da vacina comece antes do Natal. Mas se não, acho que é mais realista esperar para o início do ano que vem”, disse ela à BBC.

Jornalista | Analista de Marketing
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