O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

1. Ibovespa opera em alta e a caminho de maior série de altas semanais desde 2017
A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nos primeiros negócios desta sexta-feira, após flertar com os 119 mil pontos na véspera, mas caminhava para mais uma semana de ganhos, na maior sequência desde 2017, com as ações apoiadas em fluxo externo e perspectivas para a vacinação contra a Covid-19.
Por volta das 13h (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,20%, a 118.636,04 pontos.
Na semana, acumulava alta de 2,86%, na maior série de ganhos semanais desde a sequência de oito semanas fechando no azul encerrada em 15 de setembro de 2017.
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,46%, a 118.400,57 pontos, marcando 119.027,05 pontos na máxima da sessão, se aproximando de suas máximas históricas.
“Em um ano marcado por forte volatilidade nos mercados, o fim de ano traz perspectivas melhores para 2021 e redução de incertezas sobre a pandemia à medida que se inicia o processo de vacinação no mundo”, afirmaram estrategistas do Itaú BBA em relatório a clientes nesta sexta-feira.
Os principais índices de Wall Street abriram em máximas recordes nesta sexta-feira, antes de perderem fôlego, com um pacote de estímulo em resposta ao coronavírus permanecendo no foco antes do término do prazo (no fim de semana) para um acordo, com as ações do setor de varejo avançando devido à possibilidade de fortes vendas no período de festas.
O índice Dow Jones (DJI) caía 0,60%, a 30.126 pontos, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhava 0,55%, a 3.402 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq (US100) recuava 0,36%, a 12.719 pontos.
2. Bolsonaro critica decisão do STF e diz que Brasil pode não ter vacina contra Covid-19 para todos
O presidente Jair Bolsonaro criticou na noite de quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deu direito aos governos federal, estaduais e municipais a imporem restrições a quem não tomar a vacina contra Covid-19 e afirmou que possivelmente não haverá medicamento suficiente para todos em 2021.
“O que o Supremo decidiu? Se você não quiser tomar vacina, eu, o presidente da República, os governadores ou prefeitos podem impor medidas restritivas a você. Não pode tirar passaporte, carteira de habilitação, pode botar em prisão domiciliar, olha que lindo”, reclamou o presidente em sua live semanal.
A decisão do STF, tomada na quinta-feira por 10 votos a 1, diz que a vacinação contra Covid-19 deve ser obrigatória, mas não pode ser forçada. Nesse sentimento, definiram os ministros, as instâncias de governo podem impor sanções a quem decidir não se vacinar.
Bolsonaro, que é contrário à obrigatoriedade, já afirmou que não tomará a vacina e chegou a anunciar que seria obrigatório assinar um termo de responsabilidade de quem tomasse, o que foi descartado pelo Ministério da Saúde.
Na live, Bolsonaro afirmou que o governo federal não irá impor nenhuma restrição.
3. Imunização em massa é crucial para economia, mas com vacinação voluntária, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que a imunização em massa da população brasileira contra o coronavírus é crucial para sustentar a retomada econômica, mas disse ser a favor de uma vacinação voluntária.
“Só é possível sustentar recuperação econômica e desafio que vem à frente de transformar recuperação cíclica com base em consumo em retomada de crescimento sustentável com base em investimentos à medida que tenhamos retorno seguro ao trabalho, que exige vacinação em massa da população brasileira”, disse ele, em coletiva de imprensa.
“Essa vacinação não onerosa, gratuita, de forma voluntária para os brasileiros é o que precisamos para que a asa da saúde bata ao mesmo tempo que a asa da recuperação econômica”, completou.
O ministro disse ainda que o governo está analisando agora se o aumento recente no número de casos e mortes por Covid-19 configura um repique ou uma segunda onda da doença.
4. Embarque de carne do país supera 2 mi t pela 1ª vez, Abiec vê novo recorde em 2021
O Brasil está encerrando 2020 com exportações recordes de carne bovina, com o setor sendo menos afetado do que concorrentes globais devido à pandemia, e deverá seguir aumentando os embarques no próximo ano, de acordo com números divulgados nesta sexta-feira pela associação do setor Abiec.
As exportações históricas do Brasil, maior exportador global de carne bovina, ocorreram em meio a interrupções nas operações de algumas unidades em países como os Estados Unidos e Austrália, como consequência do coronavírus.
Segundo apresentação da Abiec nesta sexta-feira, “quase nenhum” frigorífico brasileiro teve de parar operações em função de questões de saúde relacionadas à Covid-19.
As exportações do país sul-americano devem fechar 2020 com um valor sem precedentes de 8,533 bilhões de dólares, com volumes embarcados em um ano superando 2 milhões de toneladas pela primeira vez, segundo a Abiec.
Para 2021, um novo crescimento é esperado, com a Abiec projetando quase 8,8 bilhões de dólares em receitas e volumes exportados de 2,14 milhões de toneladas.
5. Superávit em transações correntes do Brasil alcança US$ 202 milhões em novembro, abaixo do esperado
O superávit em transações correntes do Brasil foi de 202 milhões de dólares em novembro, com o déficit em 12 meses passando a 0,82% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.
O resultado veio pior que o superávit de 1 bilhão de dólares esperado por analistas em pesquisa da Reuters. Por sua vez, os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram 1,514 bilhão de dólares, ante expectativa no mercado de 1,35 bilhão de dólares.
Para o mês de dezembro, o BC projetou um superávit em transações correntes de 500 milhões de dólares e IDP de 2,6 bilhões de dólares. Até o dia 15 deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em 1,649 bilhão de dólares, disse ainda o BC.
Na véspera, em seu Relatório Trimestral de Inflação, a autoridade monetária já havia ajustado suas projeções para déficit em transações correntes a 7 bilhões de dólares em 2020, abaixo do rombo de 10,2 bilhões de dólares estimado em setembro.
Para o IDP, o BC piorou expressivamente sua perspectiva a um ingresso de 36 bilhões de dólares, ante projeção anterior de 50 bilhões de dólares.