O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

1. Medo sobre nova variante do coronavírus no Reino Unido pressiona Ibovespa
O índice de referência da Ibovespa devolveu parte das perdas do início da sessão desta segunda-feira, mas ainda registrava firme queda, pressionado pelo desempenho de mercados globais em meio a temores sobre uma nova variante do coronavírus encontrada no Reino Unido que está rapidamente se espalhando para outros países.
Às 13h, o Ibovespa caía 1,80%, a 115.846,45 pontos. No pior momento do dia, o índice tinha desvalorização de 2,8%. O volume financeiro somava 14 bilhões de reais.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,32%, a 118.023,67 pontos, mas terminou a semana com elevação de 2,5%, engatando a maior sequência de ganhos semanais desde 2017.
Durante o final de semana, vários países europeus impuseram novas restrições a viagens relacionadas ao Reino Unido diante de preocupação com a disseminação da nova cepa do vírus. O país também estabeleceu medidas de restrição mais rígidas para conter o avanço da doença.
“Colocando as notícias em perspectiva, é possível observar que a queda abrupta desta segunda-feira não anulou os ganhos da alta acumulada das últimas semanas”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos.
“Ao contrário, o movimento inicial indica que a queda é uma correção saudável após as fortes altas de novembro e dezembro.”
Enquanto isso, na véspera foram notificados 408 novos óbitos em decorrência da Covid-19 no Brasil, elevando o total a 186.764 vítimas fatais. Também foram registrados 25.445 novos casos, segundo dados do Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo não reportou números no domingo, alegando um problema no sistema do Ministério.
Nos Estados Unidos, parlamentares chegaram a um acordo sobre um pacote de 900 bilhões de dólares para fornecer a primeira ajuda nova em meses à economia e a famílias afetadas pela pandemia, com votação provavelmente ocorrendo ainda nesta segunda-feira.
2. Congresso dos EUA alcança acordo sobre pacote de ajuda pela Covid-19 e planeja votação nesta 2ª
Líderes do Congresso dos Estados Unidos chegaram a um acordo no domingo sobre um pacote de 900 bilhões de dólares para fornecer a primeira ajuda nova em meses à economia e a famílias afetadas pela pandemia de coronavírus, com votação provavelmente na segunda-feira.
O pacote será o segundo maior estímulo econômico na história dos EUA, após ajuda de 2,3 trilhões de dólares aprovada em março. Ele vem no momento em que a pandemia acelera, infectando mais de 214 mil pessoas no país por dia. Mais de 317 mil norte-americanos já morreram.
“Finalmente temos o avanço bipartidário que o país precisa”, disse o líder republicano da maioria no Senado, Mitch McConnell, após meses de dabates.
Líderes republicanos e democratas disseram que o pacote deve ter apoio suficiente para passar em ambas as Casas do Congresso.
O presidente Donald Trump defende o projeto e vai decretar a lei, disse o porta-voz da Casa Branca Ben Williamson.
O pacote fornecerá pagamentos diretos de 600 dólares a pessoas e aumentarão os pagamentos do seguro desemprego em 300 dólares por semana. Ele também inclui bilhões para pequenas empresas, assistência alimentação, distribuição de vacina, trânsito e saúde. Ele prorroga a moratória a despejos e fornece 25 bilhões de dólares em ajuda a aluguel.
3. Varejo apresenta recuperação nas vendas de fim de ano
Balanço da Associação Comercial de São Paulo mostra que as vendas do varejo nos primeiros quinze dias de dezembro tiveram alta de 0,4% em comparação com o mesmo período de 2019. O levantamento foi feito a partir dos dados da Boa Vista, que administra serviços de proteção ao crédito.
Para o economista da associação, Marcelo Solimeo, a alta mostra que o comércio está conseguindo se reequilibrar após um ano de perdas. “Os números mostram que apenas devemos zerar as perdas de dezembro comparadas com as do período similar do ano passado; não é um crescimento econômico”, analisou.
Crescimento em 2022
Na opinião do especialista, o varejo só voltará a ter fôlego para ter crescimento real em 2022. “Crescimento, mesmo, só acreditamos que vá ocorrer em 2022, se não houver pandemia por muito tempo em 2021”, ponderou.
Neste fim de ano, segundo a associação, as vendas estão tendo impulso do 13º salário e da última parcela do auxílio emergencial.
Ano de perdas
As medidas de distanciamento social para conter a pandemia de coronavírus provocaram uma retração nas vendas do comércio que chegou a 54,9% em junho, mês com maior queda no ano. As perdas foram se reduzindo gradualmente com a flexibilização da quarentena.
4. Reino Unido mantém fim do período de transição do Brexit em 31 de dezembro, diz porta-voz
O Reino Unido encerrará um período de transição com a União Europeia em 31 de dezembro, disse um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson nesta segunda-feira, depois que o premiê da Escócia pediu ao líder britânico que prorrogasse o prazo por causa de complicações decorrentes da nova cepa da Covid-19.
“Nossa posição sobre o período de transição é clara … Terminará em 31 de dezembro, essa continua sendo nossa posição”, disse ele a repórteres.
“Precisamos ratificar qualquer acordo antes de 1º de janeiro, o que significa que o tempo é curto e é por isso que nossos negociadores continuam trabalhando duro.”
5. Debate sobre poder de emergência do Fed segue apesar de acordo
Um acordo alcançado sobre restrições ao Federal Reserve no pacote de alívio da pandemia não resolve as diferenças em como republicanos e democratas veem a autoridade de empréstimos de emergência do banco central dos Estados Unidos. As divergências abrem caminho para possíveis confrontos sobre como o Fed responderá a crises futuras.
O senador Pat Toomey, republicano da Pensilvânia, insistiu em incluir uma cláusula no plano de estímulo de US$ 900 bilhões que proibiria o Fed de reiniciar programas de apoio a títulos corporativos, pequenas e médias empresas e municípios, que devem expirar em 31 de dezembro.
Os democratas resistiram, mas chegaram a um acordo: os congressistas eliminaram termos da proposta de Toomey que também proibia programas “semelhantes” de serem lançados sem a aprovação do Congresso.
“Os democratas argumentaram que isso era muito amplo e poderia atingir linhas que não pretendíamos atingir”, disse Toomey no domingo em teleconferência com repórteres.
Mas Toomey também disse que o texto do acordo proibiria programas “clones” sem nova aprovação do Congresso. A intenção de cancelar os programas “não poderia ser subvertida simplesmente criando um clone e chamando-o de algo diferente”, disse a repórteres.