Mercados

O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

06 nov 2020, 13:17 - atualizado em 06 nov 2020, 13:17
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Pixabay)

1. Ibovespa tem leve queda, mas sustenta 100 mil pontos e caminha para ganho semanal

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O Ibovespa afastava-se das mínimas desta sexta-feira, após perder momentaneamente o patamar dos 100 mil pontos mais cedo com movimento de realização de lucros, e caminhava para um resultado positivo na semana, que teve como principal evento as eleições nos Estados Unidos.

Às 13h15, o Ibovespa caía 0,55%, a 100.204,72 pontos. Na mínima, chegou a 99.837,04 pontos. Na máxima, a 100.853,77 pontos. O volume financeiro na bolsa somava 7 bilhões de reais. Na semana, até o momento, o Ibovespa acumula alta de quase 7%.

A área de análise técnica do Itaú BBA observou que o Ibovespa seguiu o movimento de recuperação e voltou para a região dos 100 mil pontos, o que é importante, mas que ele não conseguiu ainda superar a resistência em 102.200 pontos, conforme relatório a clientes.

“A recuperação dos mercados internacionais diminuiu a pressão nos suportes testados na última semana e levaram os mercados a testarem as resistências. Os olhos agora, se voltam para capacidade dos mercados em superarem essa região.”

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Wall Street abriu com sinal negativo, com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano melhores do que o esperado, mas reforçando a percepção de desaceleração da recuperação econômica, enquanto as eleições continuam ocupando os holofotes e investidores embolsam lucros após rali recente.

Entre as últimas notícias da disputa presidencial, o democrata Joe Biden ultrapassou o republicano Donald Trump na apuração dos votos no Estado da Pensilvânia, segundo a Edison Research. Um vitória nesse Estado pode ser decisiva para Biden, que está à frente na corrida eleitoral.

2. IPCA acelera alta a 0,86% em outubro, diz IBGE

Os preços dos alimentos voltaram a pesar com força bem como as passagens aéreas, e a inflação oficial brasileira seguiu em ritmo forte em outubro, marcando o resultado mais elevado para o mês em 18 anos.

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Em outubro, o IPCA acelerou a alta a 0,86%, de 0,64% em setembro, de acordo com os dados informados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado marca a maior inflação para um mês de outubro desde 2002, quando foi de 1,31%, e também é a taxa mais elevada no ano.

No acumulado dos 12 meses até outubro, o IPCA registrou avanço de 3,92%, contra 3,14% em setembro, e com isso fica praticamente no centro da meta para este ano, que é de 4% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

3. Criação de vagas nos EUA desacelera em outubro; taxa de desemprego cai a 6,9%

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Os empregadores dos Estados Unidos contrataram o menor número de trabalhadores em cinco meses em outubro, oferecendo a evidência mais clara até agora de que o fim do estímulo fiscal e a explosão de novas infecções por Covid-19 estão minando o ímpeto da recuperação econômica norte-americana.

Os EUA criaram 638 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado, após um salto de 672 mil em setembro, disse o Departmento do Traabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira.

Essa foi a menor abertura de vagas desde que a recuperação do mercado de trabalho começou, em maio, e deixou o emprego ainda bem abaixo de seu pico de fevereiro.

A taxa de desemprego caiu para 6,9%, ante 7,9% em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 600 mil empregos em outubro e uma queda na taxa de desemprego para 7,7%

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4. Para a economia, segunda onda do coronavírus será mais fraca

A possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 não tira o sono da equipe econômica. A visão é que, mesmo que o Brasil enfrente uma repique nas infecções como visto na Europa e Estados Unidos, o nível de gastos do governo seria menor. Isso porque o vírus não teria o mesmo impacto da primeira onda, que já custou quase R$ 590 bilhões aos cofres públicos.

A expectativa é que, mesmo com despesas menores, ainda seria preciso usar um arcabouço legal semelhante ao de 2020, que permitiu gastos extraordinários fora do teto de gastos.

Termômetro

A briga entre o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Arthur Lira (PP-AL) pelo comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que paralisou o andamento de projetos na casa, será um termômetro para o governo sobre as eleições no Congresso no início de 2021.

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A aposta é que quem levar a CMO também escolherá o sucessor de Maia no comando da Câmara, diz um integrante do governo. Hoje, afirma essa fonte, a balança está mais favorável a Lira, líder do centrão a quem o presidente Jair Bolsonaro teceu elogios em visita a Alagoas na quinta-feira, chamando-o de pessoa muito importante na articulação política do governo.

5. Matérias-primas brutas pesam e IGP-DI tem alta de 3,68% em outubro, indica FGV

Os preços das matérias-primas brutas pressionaram em outubro e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 3,68%, depois de subir 3,30% em setembro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, acelerou a alta a 4,86% no mês, depois de subir 4,38% em setembro.

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Os preços das Matérias-Primas Brutas dispararam 6,78% em outubro, contra uma alta de 6,77% no período anterior.

“O aumento dos preços de commodities importantes vem sustentando repasses na cadeia produtiva que estão contribuindo para aceleração de bens intermediários (3,21% para 4,43%) e bens finais (2,74% para 2,95%)”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços

Para o consumidor, a inflação em outubro foi mais fraca, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– teve alta de 0,65% em outubro, ante 0,82% no mês anterior.

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Jornalista | Analista de Marketing
vitoria.fernandes@moneytimes.com.br