O que está movimentando os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

1 – Ibovespa acompanha falta de tendência em Wall Street
A bolsa paulista começa a terça-feira com viés positivo, acompanhando a melhora externa, onde os futuros acionários nos Estados Unidos e petróleo ensaiam uma recuperação, com a temporada de resultados no país destacando Santander Brasil (SANB11).
Porém, os mercados sentiram o baque no exterior. Às 13h17, o Ibovespa caia 0,59%, a 100.421 pontos
Nos Estados Unidos, os futuros subiam depois do pior dia em um mês do S&P 500 (SPX), conforme os investidores avaliavam uma série de resultados corporativos ao mesmo tempo em que se preparam para volatilidade antes da eleição presidencial.
O contrato de petróleo Brent avançava. Algumas empresas paralisavam suas produções no Golfo do México por causa de um furacão, embora o aumento de casos de Covid-19 e a maior produção da Líbia atenuassem os ganhos.
Já o dólar engatava alta contra o real nesta terça-feira, em mais uma sessão de foco na disseminação global da Covid-19 e nas negociações de mais estímulo econômico nos Estados Unidos, a uma semana das acirradas eleições norte-americanas.
A disputa entre o atual presidente, Donald Trump, e seu adversário democrata, Joe Biden, está sendo atentamente acompanhada por investidores de todo o mundo, que estão em busca de pistas sobre possíveis medidas de auxílio fiscal que poderiam ser adotadas depois que os norte-americanos forem às urnas.
Mesmo depois que um pacote anterior expirou, em julho, as autoridades da Casa Branca e Congresso dos EUA passaram os últimos meses sem conseguir chegar a um acordo sobre mais medidas de combate à pandemia, levantando dúvidas sobre a recuperação do emprego e da atividade empresarial da maior economia do mundo.
2 – Confiança do consumidor dos EUA recua em outubro
A confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu em outubro, em linha com as expectativas de que a atividade econômica vai desacelerar no quarto trimestre com o fim do impulso do estímulo fiscal.
O Conference Board informou nesta terça-feira que seu índice de confiança do consumidor caiu para 100,9 este mês de 101,3 em setembro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta do índice para 102,0 em outubro.
3 – Chances de acordo de alívio à Covid-19 nos EUA sair antes da eleição são “pequenas”
A secretaria de imprensa da Casa Branca reduziu nesta terça-feira as perspectivas de que um pacote de alívio devido ao coronavírus seja definido antes da eleição presidencial norte-americana em 3 de novembro, culpando a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, por querer demais.
“As chances são pequenas quando há alguém como Nancy Pelosi como presidente da Câmara, quando se observa a proposta que eles apresentaram e que ainda permanece”, disse a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, na Fox Business Network.

4 – Santander Brasil vê aumento na inadimplência de curto prazo
O Santander Brasil (SANB11) mostrou nesta terça-feira os primeiros sinais de como os consumidores estão com dificuldade para pagar dívidas depois que a carência dada pelo banco em meio à pandemia acabou. A instituição financeira, porém, disse que novas provisões extraordinárias são improváveis.
O lucro liquido recorrente do Santander cresceu 5,3% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, para 3,902 bilhões de reais e superou as estimativas da Refinitiv em 47%, surpreendendo analistas.
O retorno sobre o patrimônio líquido também voltou aos níveis pré-pandêmicos, a 21,2%. As units do Santander Brasil operam em alta no pregão desta terça-feira (27), uma vez que as baixas provisões para perdas com empréstimos intrigaram os investidores.
Na noite de ontem, o conselho de administração do Santander Brasil (SANB11) aprovou, por unanimidade, o pagamento bruto de R$ 1 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP), que descontado o Imposto de Renda, corresponde ao valor líquido de R$ 850 milhões a serem distribuídos entre os acionistas do banco.
5 – Covid-19: governos europeus avaliam lockdowns diante de falta de opções
A medida drástica que nenhum político europeu queria tomar está de volta à agenda: os chamados lockdowns.
O presidente da França, Emmanuel Macron – cujo governo evitou cuidadosamente discutir publicamente uma paralisação nacional devido ao recente aumento de casos de coronavírus -, cedeu na sexta-feira e reconheceu que o país poderia retomar restrições mais amplas de mobilidade.
Como outros líderes da região, Macron começa a ficar sem opções. Embora autoridades no continente tentem combater o avanço pandemia, seus esforços para limitar a propagação do coronavírus com medidas mais suaves – desde o uso obrigatório de máscaras até toque de recolher parcial – não estão funcionando.
Para os líderes Giuseppe Conte, da Itália, e Angela Merkel, da Alemanha, existem grandes riscos políticos. Embora tenham sido elogiados pela forma como administraram a primeira onda, as críticas agora aumentam.
A população está cansada, as divisões entre governos locais e nacionais se acumulam e, se um lockdown prolongado for a única resposta, serão culpados pela destruição das economias.