O que faz o Ibovespa (IBOV) operar nas máximas pelo segundo dia consecutivo?
O principal índice da bolsa brasileira disparou nos últimos dias e opera nas máximas nesta sexta-feira (4). A alta anual já ultrapassa os 17%, sustentada sobretudo pelo cenário externo.
No Giro do Mercado de hoje, a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, para comentar sobre o momento do Ibovespa (IBOV).
- LEIA MAIS: Itaú BBA, BB Investimentos, Safra, BTG Pactual e outros bancos selecionaram os ativos mais promissores para ter em carteira – veja quais são
Segundo o especialista, as condições internas do Brasil não justificam o desempenho, que foi o melhor em um semestre nos últimos nove anos. Casos como o choque do DeepSeek e a incerteza com a política tarifária dos Estados Unidos ampliaram a diversificação de alocação dos investidores ao redor do mundo.
“Foi um movimento que foi muito ajudado pelo fluxo externo, que foi muito preponderante para essa alta das ações no primeiro semestre. Por que subiu tanto? Porque começamos o ano com uma régua muito baixa devido a questões fiscais e tivemos importantes acontecimentos externos”, disse Hungria.
O analista ainda destaca que mesmo em um cenário de juros nas alturas, diversas empresas de setores como varejo e construção civil apresentaram resultados muito positivos.
No entanto, Hungria acredita que a questão fiscal ainda deve voltar a pressionar os ativos nos próximos meses, além da aproximação com um novo período eleitoral, que pode desbloquear novos ganhos.
Ainda no cenário doméstico, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos dos decretos e travou a guerra entre o Governo e o Congresso em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O programa ainda abordou o momento da economia dos EUA e as perspectivas para a Petrobras (PETR4). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
- LEIA MAIS: Em quais ações vale a pena investir? Veja as recomendações do BTG Pactual como cortesia do Money Times