Destaques da Bolsa

O que fez a XP elevar o BTG Pactual (BPAC11) para compra e aumentar quase R$ 30 no preço-alvo; ações sobem forte na B3 

28 nov 2025, 12:51 - atualizado em 28 nov 2025, 12:51
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(Imagem: Helena Aymeê/Shutterstuck)

As ações do BTG Pactual (BPAC11) despontam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (28), em dia de recordes. 

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Por volta de 12h15 (horário de Brasília), a BPAC11 tinha alta de 2,01%, a R$ 53,72, sendo a quinta maior alta do Ibovespa. Na primeira hora do pregão, as units chegaram a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira com avanço de 2,81% (R$ 54,14). Acompanhe o Tempo Real.  



Parte do que impulsiona a ação é a revisão positiva da XP sobre o banco. A corretora elevou a recomendação das ações de neutra para compra. 

A XP também atualizou o preço-alvo dos papéis de R$ 36 para R$ 63 no final de 2026 – o que representa um potencial de valorização de 19,6% sobre o preço de fechamento de ontem (27).  

Em relatório divulgado hoje, os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães avaliam que o banco de investimentos tem apresentado um crescimento consistente de lucros nos últimos trimestres, mesmo em um ciclo “fraco” do mercado de capitais.  

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“Apesar de um ano ainda abaixo do ideal em termos de atividade de Investment Banking, o BTG continuou entregando crescimento de lucros superior a 30% no ano contra ano, impulsionado por escala e diversificação”, afirmaram os analistas.  

A dupla também destaca que a eficiência atingiu níveis recordes, “mostrando que o BTG está expandindo receitas sem inflar custos de forma significativa — uma mudança estrutural chave na qualidade da rentabilidade que impulsiona os níveis de ROE”. 

No terceiro trimestre (3T25), o BTG Pactual registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,5 bilhões, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, ficou em 28,1% no ano, salto de mais de quatro pontos percentuais — superando o Itaú (ITUB4).

Os destaques do BTG Pactual, segundo a XP 

Os analistas da XP chamaram a atenção para a expansão do ecossistema do banco de investimentos.  

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“Os investimentos contínuos do BTG em expansão geográfica – Europa e Estados Unidos – e em novas verticais como BTG Pay e Sertrading buscam ampliar os mercados  endereçáveis e melhorar as métricas de retenção de clientes”, afirmaram.  

“À medida que a competição se intensifica, esses movimentos deixam de ser diferenciais para se tornarem imperativos estratégicos, garantindo que o BTG permaneça posicionado como a plataforma preferida para clientes corporativos, institucionais e privados”, acrescentaram em relatório.  

Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães ainda destacaram que a gestão continua afirmando que várias linhas de negócio ainda estão no começo da sua “curva J”.   

“Concordamos. A carteira de Corporate Lending do BTG, de R$ 275 bilhões, representa menos de 5% do mercado total brasileiro, sugerindo amplo espaço para crescimento. De forma semelhante, as plataformas de Asset e Wealth Management do banco continuam ganhando participação de mercado em ritmo forte, apoiadas pelo cross-sell do Investment Banking e por uma base crescente de clientes de alta renda.” 

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Para eles, o efeito flywheel (estratégia com foco no cliente) entre esses segmentos reforça a sustentabilidade da expansão dos lucros no médio prazo.  

Os analistas também têm “maior convicção” na sustentabilidade do ROE acima de 30% nos próximos resultados.  

Por que comprar BPAC11 agora?  

Para a XP, a combinação do momentum dos lucros, balanço resiliente e modelo de negócios escalável é “suficiente” para justificar múltiplos mais altos e apoiar a recomendação de compra das ações BPAC11.  

Nas contas da XP, os múltiplos atuais do banco são justificados pela rentabilidade acima da média. Com a revisão, os analistas projetam o BTG Pactual em 10,1x P/L para 2026 e 2,5x P/VPA para 2026, com um ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Médio) terminal acima de 30%.  

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Eles ainda observam que o spread de múltiplos não acompanhou a diferença de ROE em relação ao  Itaú (ITUB4), outro banco de qualidade no setor.  

“Além disso, considerando o potencial de crescimento do banco pelo índice PEG, ainda vemos uma boa assimetria a ser capturada”, escreveram os analistas.  

Segundo os analistas da XP, as ações BPAC11 valorizaram cerca de 60% desde a última atualização do modelo da corretora, superando “significativamente” o Ibovespa. O benchmark acumula alta de cerca de 30% desde janeiro. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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