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O que fez o Itaú BBA atualizar suas estimativas para a Espaçolaser (ESPA3)

03 nov 2025, 15:24 - atualizado em 03 nov 2025, 15:38
Espaçolaser
(Imagem: Espaçolaser/Facebook)

O Itaú BBA atualizou as estimativas para a Espaçolaser (ESPA3) e definiu um preço-alvo de R$ 1,20. A recomendação neutra para a ação foi mantida. 

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O novo preço-alvo representa um potencial de valorização de 4,3% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (31). 

Em relatório, o banco afirma que a estrutura de capital da companhia foi “fortalecida com sucesso”. 

Recentemente, a Espaçolaser anunciou que a subsidiária Corpóreo Serviços Terapêuticos concluiu a oferta pública de sua 3ª emissão de debêntures simples, captando R$ 593 milhões a um custo de CDI + 3,25%.

Segundo a companhia, os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital da empresa por meio do pagamento antecipado de dívidas mais antigas e onerosas e da extensão do prazo médio de vencimento dos passivos, a um custo de financiamento mais alinhado às condições atuais de mercado.

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“As emissões de dívida recentes da Espaçolaser, embora menos representativas, já indicavam uma potencial redução nos custos de financiamento, mas os investidores aguardavam o desenvolvimento das debêntures, que representam 90% da dívida total e apresentavam um alto custo de CDI + 4,5%”, escreveu a equipe liderada por Kelvin Dechen, em relatório.  

“Esta nova emissão aborda uma preocupação fundamental e desbloqueia valor por meio de custos de financiamento mais baixos (-125 bps) e maior eficiência tributária (realocação de dívida da holding não operacional para a subsidiária)”, acrescentou. 

Mais R$ 20 milhões na conta

Nas contas do Itaú BBA, a redução dos custos da dívida e a otimização tributária devem adicionar aproximadamente R$ 20 milhões às estimativas do banco. 

Os analistas destacam que o alto custo da dívida vinha impactando negativamente o resultado final da empresa, além de dívidas que não geraram benefícios fiscais. 

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“A nova estrutura resolve ambos os problemas, reduzindo o custo das debêntures em 125 pontos-base e eliminando a maior parte das ineficiências tributárias. Estimamos que essas mudanças, por si só, impulsionaram uma revisão para cima de aproximadamente R$ 20 milhões em nossa projeção de lucro líquido para o ano fiscal de 2026”, diz o relatório. 

A equipe liderada por Dechen projeta um lucro líquido de R$ 54 milhões para 2026, excluindo IFRS 16. 

Além disso, os analistas reconhecem que a empresa “tem executado com sucesso as principais alavancas delineadas em seu Dia do Investidor, como o aumento do ticket médio, a implementação de sua tecnologia proprietária de resfriamento a ar, a redução dos custos de aquisição e, agora, a reestruturação da dívida”.

Ainda em compasso de espera

Apesar da visão positiva com a redução das dívidas, o Itaú BBA mantém a postura conservadora sobre a Espaçolaser.

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“Mantemos uma postura mais cautelosa, visto que os dados macroeconômicos recentes sugerem uma desaceleração generalizada do consumo, que provavelmente impactará negativamente a demanda pelos serviços da ESPA3“, afirmou a equipe de analistas.

Contudo, eles destacam que as ações estão atraentes do ponto de vista de valuation. Nas contas do banco, ESPA3 está sendo negociado a um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) projetado de 8 vezes para 2026, ante uma média de 10 vezes P/L para as empresas do setor varejista.

Segundo o banco, a maioria dos investidores acredita que um desconto é justificado dada a sua menor liquidez e isso é um dos fatores que sustenta a recomendação neutra para as ações.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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