O que fez o Itaú BBA atualizar suas estimativas para a Espaçolaser (ESPA3)
						O Itaú BBA atualizou as estimativas para a Espaçolaser (ESPA3) e definiu um preço-alvo de R$ 1,20. A recomendação neutra para a ação foi mantida.
O novo preço-alvo representa um potencial de valorização de 4,3% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (31).
Em relatório, o banco afirma que a estrutura de capital da companhia foi “fortalecida com sucesso”.
Segundo a companhia, os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital da empresa por meio do pagamento antecipado de dívidas mais antigas e onerosas e da extensão do prazo médio de vencimento dos passivos, a um custo de financiamento mais alinhado às condições atuais de mercado.
“As emissões de dívida recentes da Espaçolaser, embora menos representativas, já indicavam uma potencial redução nos custos de financiamento, mas os investidores aguardavam o desenvolvimento das debêntures, que representam 90% da dívida total e apresentavam um alto custo de CDI + 4,5%”, escreveu a equipe liderada por Kelvin Dechen, em relatório.
“Esta nova emissão aborda uma preocupação fundamental e desbloqueia valor por meio de custos de financiamento mais baixos (-125 bps) e maior eficiência tributária (realocação de dívida da holding não operacional para a subsidiária)”, acrescentou.
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Mais R$ 20 milhões na conta
Nas contas do Itaú BBA, a redução dos custos da dívida e a otimização tributária devem adicionar aproximadamente R$ 20 milhões às estimativas do banco.
Os analistas destacam que o alto custo da dívida vinha impactando negativamente o resultado final da empresa, além de dívidas que não geraram benefícios fiscais.
“A nova estrutura resolve ambos os problemas, reduzindo o custo das debêntures em 125 pontos-base e eliminando a maior parte das ineficiências tributárias. Estimamos que essas mudanças, por si só, impulsionaram uma revisão para cima de aproximadamente R$ 20 milhões em nossa projeção de lucro líquido para o ano fiscal de 2026”, diz o relatório.
A equipe liderada por Dechen projeta um lucro líquido de R$ 54 milhões para 2026, excluindo IFRS 16.
Além disso, os analistas reconhecem que a empresa “tem executado com sucesso as principais alavancas delineadas em seu Dia do Investidor, como o aumento do ticket médio, a implementação de sua tecnologia proprietária de resfriamento a ar, a redução dos custos de aquisição e, agora, a reestruturação da dívida”.
Ainda em compasso de espera
Apesar da visão positiva com a redução das dívidas, o Itaú BBA mantém a postura conservadora sobre a Espaçolaser.
“Mantemos uma postura mais cautelosa, visto que os dados macroeconômicos recentes sugerem uma desaceleração generalizada do consumo, que provavelmente impactará negativamente a demanda pelos serviços da ESPA3“, afirmou a equipe de analistas.
Contudo, eles destacam que as ações estão atraentes do ponto de vista de valuation. Nas contas do banco, ESPA3 está sendo negociado a um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) projetado de 8 vezes para 2026, ante uma média de 10 vezes P/L para as empresas do setor varejista.
Segundo o banco, a maioria dos investidores acredita que um desconto é justificado dada a sua menor liquidez e isso é um dos fatores que sustenta a recomendação neutra para as ações.
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