Petróleo

O que leva o petróleo a atingir a máxima de 2 meses?

11 jul 2023, 16:08 - atualizado em 11 jul 2023, 16:10
Empresas, Enauta ENAT3
Petróleo opera em alta nesta terça-feira, diante de restrições de oferta.  (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O petróleo ensaia romper o movimento lateral dos últimos meses, com uma forte ritmo nesta terça-feira (11).

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Por volta das 15h, o WTI (referência americana) e Brent (referência internacional) operam em alta de, respectivamente, 2,40% e 2,14%. Com isso, os contratos futuros para ambas as referências voltam a ser negociadas em máximas não vistas desde o início de maio. 

No cabo-de-guerra entre oferta e demanda, a primeira parece ter voltado a dar as cartas no mercado internacional. Espera-se que os cortes anunciados pela Rússia — de 500 mil barris por dia — e pela Arábia Saudita  — de 1 milhão de barris por dia a partir de agosto — apertem as condições de fornecimento da commodity daqui em diante.

Paralelamente, o governo dos Estados Unidos anunciou o amplamente aguardado plano de reabastecimento da reserva de petróleo estratégica (a SPR, na sigla em inglês), cujo volume é de 6 milhões de barris. As compras ocorreriam entre outubro e novembro.

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Dados de inflação nas principais economias jogam contra

Apesar do fôlego no mercado da commodity energética, dados de inflação na China e de salários no Reino Unido, os dois divulgados ontem, e dos Estados Unidos, a serem divulgados amanhã, podem ancorar o movimento de alta.

O CPI chinês acendeu o alerta amarelo para a segunda maior economia do mundo, colocando em xeque os esforços fiscais e monetários do governo para estimular o consumo doméstico — um profecia não realizada após a reabertura econômica.

A leitura cheia da inflação permaneceu estável no acumulado dos 12 meses (0,0%), enquanto o núcleo da inflação acelerou ‘apenas’ 0,4% na mesma comparação.

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Enquanto principal compradora de petróleo do mundo, uma crise de deflação na China seria catastrófica para as já convalidas projeções de demanda por combustíveis.

Já nos Estados Unidos, o problema inflacionário é de outra natureza. O dado americano, que será divulgado às 10h, deve indicar a insistência do componente de serviços na inflação, fato que deve autorizar o Federal Reserve a resumir o aperto monetário já na próxima reunião.

Pressões inflacionárias continuam altas também do lado europeu. Em outro dado divulgado ontem, o ganho salarial médio do Reino Unido cresceu em sua taxa mais rápida nos meses entre fevereiro e maio meses até maio, subindo 7,3% com relação ao mesmo período de 2022.

Também nesse caso, o dado contribui para a narrativa hawkish do Banco Central, estressando a economia.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.