O que levou a Apple a pisar no freio com um dos seus modelos mais novos do iPhone

O que nasceu para ser o iPhone mais ousado da década acabou acionando um sinal de alerta dentro da Apple. O iPhone Air, modelo ultrafino apresentado junto à família iPhone 17, perdeu fôlego nas vendas e se tornou o único da linha a registrar redução nas projeções de produção, segundo relatórios de analistas da Mizuho Securities e da Morgan Stanley.
Embora o aparelho tenha apresentado bom desempenho inicial na China, o mesmo não aconteceu nos mercados ocidentais — onde o interesse dos consumidores segue concentrado nas versões iPhone 17, 17 Pro e 17 Pro Max.
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Ultrafino, mas com sacrifícios
O iPhone Air surgiu como a aposta da Apple no segmento de smartphones ultrafinos. Para atingir o novo formato, no entanto, a empresa precisou abrir mão de alguns atributos.
Testes divulgados pela TechRadar indicam que o modelo resistiu 12 horas e 2 minutos de navegação na web — cerca de 45 minutos a menos que o iPhone 17. O resultado é razoável, mas insuficiente para um aparelho posicionado na categoria premium.
Já o Tom’s Guide chamou atenção para a ausência das lentes telefoto e ultrawide, o que reforçou a percepção de que o Air seria “leve demais até nas funções”.
China × Ocidente
A recepção do iPhone Air foi oposta nos dois lados do mapa. Na China, o modelo esgotou em poucas horas após o início das vendas, com filas em lojas de Pequim, Xangai e Tianjin, além de prazos de entrega online que já chegam a duas semanas.
Nos mercados ocidentais, porém, o interesse ficou bem abaixo das expectativas — levando a Apple a revisar as projeções globais da linha.
De acordo com a Mizuho Securities, a previsão de produção da família iPhone 17 subiu de 88 milhões para 94 milhões de unidades, impulsionada pelos modelos de maior demanda:
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iPhone 17: +2 milhões de unidades
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iPhone 17 Pro: +1 milhão
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iPhone 17 Pro Max: +4 milhões
O Air foi o único a seguir na direção contrária. Segundo a Nikkei Asia, seus pedidos de fabricação foram reduzidos “a níveis próximos de fim de linha”.
Linha Pro domina intenções de compra
Relatórios da Morgan Stanley e da JPMorgan Chase & Co. apontam que a demanda pela linha iPhone 17, de forma geral, está acima das projeções iniciais.
A Morgan Stanley estima que a Apple pode elevar a produção total para mais de 90 milhões de unidades na segunda metade de 2025 — partindo de um intervalo anterior entre 84 e 86 milhões.
O banco também revisou o preço-alvo das ações da Apple para US$ 298, citando uma procura mais forte do que o previsto pelos modelos 17 Pro e 17 Pro Max, hoje os principais motores de crescimento da marca.
A JPMorgan, por sua vez, reforça o domínio da linha Pro. Na pesquisa de mercado mais recente, o iPhone 17 Pro Max aparece como o modelo mais desejado entre os consumidores, com 33% das intenções de compra, seguido por 17 Pro (22%) e 17 (20%).
Já o iPhone Air, versão ultrafina que substituiu o antigo modelo Plus, ficou com apenas 2% das preferências — um desempenho tão baixo que o aparelho nem chegou a figurar no ranking principal do relatório.