O que mudou no comunicado do Copom que elevou a Selic a 14,75%? Veja a comparação

O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a expectativa do mercado e elevou a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), de 14,25% para 14,75% ao ano. Esse é o maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006.
Com a decisão dentro do esperado, o mercado agora se debruça sobre o comunicado dos diretores.
Para o membros do Copom, a decisão de elevar a Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, acrescentou o documento.
Para a próxima decisão, o Copom se mostrou mais cauteloso e se absteve de dar orientações futuras. “O cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, disse o comunicado.
“Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.”
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Na decisão desta quarta-feira (7), os diretores mudaram suas expectativas para a inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 passou de 5,1% para 4,8%, ainda acima do teto da meta — de 4,5%.
Em relação ao ambiente internacional, o Comitê passou considerar o cenário externo “adverso e particularmente incerto”. Na decisão anterior, em março, os diretores afirmaram o ambiente “permanecia desafiador”.
O Money Times fez a comparação entre o comunicado do Copom desta reunião, com as mudanças assinaladas em relação ao documento da reunião passada.