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O que Vale (VALE3) ganha ao vender participação em unidade de metais básicos?

06 out 2022, 12:04 - atualizado em 06 out 2022, 12:04
Cobre
A Vale estaria em negociação para vender 10-15% de fatia da unidade de metais básicos por US$ 2,5 bilhões (Imagem: Reuters/James Akena)

O destravamento de valor da unidade de metais básicos da Vale (VALE3) está mais próximo de acontecer do que se imaginava, afirma o Bank of America (BofA).

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Segundo informações divulgadas pelo Financial Times, a Vale contratou assessores financeiros (informação confirmada pela empresa) para vender uma participação minoritária de seu negócio de metais básicos, cuja reorganização foi recentemente aprovada pelo conselho de administração da companhia.

A mineradora estaria em negociação para vender 10-15% de fatia da unidade por US$ 2,5 bilhões. A transação teria como objetivo criar valor para a linha de metais básicos, na qual a Vale tem colocado esforços para transformar e expandir o negócio.

O BofA lembra que, em evento com investidores realizado no início de setembro, a Vale afirmou que estava avaliando opções para destravar valor em sua divisão de metais básicos. Dentre as alternativas estão spin-off, listagem na Bolsa, parcerias e venda de participação.

“Segundo a companhia, um roadmap para destravar valor na divisão de metais básicos é esperado para ser anunciado até o fim deste ano (provavelmente no Investor Day da Vale em dezembro)”, ressalta o banco americano.

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As ações da Vale caíam 0,84% por volta das 11h45 desta quinta-feira (6), negociadas a R$ 76,31 cada.

Valuation da divisão

De acordo com o Financial Times, o negócio de metais da Vale estaria avaliado em US$ 25 bilhões. Segundo o BofA, a divisão historicamente gerou por volta de US$ 2,5 bilhões em Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Assumindo um múltiplo 5-7 vezes Ebitda para o ativo, em linha com os múltiplos históricos dos pares de metais básicos, o valuation seria em torno de US$ 12,5-17,5 bilhões.

“Isso implica uma descoberta de valor de aproximadamente US$ 4-7,5 bilhões (6-11% da atual capitalização de mercado)”, considerando o valuation reportado da participação minoritária”, destaca a instituição.

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Na avaliação do BofA, a potencial venda de participação não só destravaria valor para a Vale, como também abriria caminho para acordos offtake futuros caso a fatia seja vendida para uma montadora – particularmente para a Classe 1 de níquel (60-70% dos volumes).

Para a Ativa Investimentos, a busca por um sócio parece “um movimento correto pela empresa, uma vez que a colocaria sob menor escrutínio do mercado que opções como um IPO (oferta pública inicial de ações) da divisão”.

Reorganização

Reorganização anunciada pela Vale busca ganhos de eficiência nos processos e na gestão da unidade de metais básicos (Imagem: REUTERS/Yusuf Ahmad)

A reorganização da divisão de metais básicos da Vale prevê a transferência dos ativos de cobre para a Salobo Metais, enquanto os ativos de níquel deverão ser transferidos para uma nova sociedade a ser constituída pela empresa no Brasil.

Em comunicado divulgado ao mercado, a Vale afirmou que a reorganização busca ganhos de eficiência nos processos e na gestão da unidade de negócios.

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A Eleven avalia que o movimento mostra que a mineradora está comprometida em desenvolver um segmento que corresponde atualmente a cerca de 10% de sua geração de caixa, mas com “futuro bastante promissor em um cenário de transição energética”.

No início do mês passado, o BTG Pactual destacou em relatório que a Vale possui ativos bem posicionados no mercado, com os recursos de níquel somando 3 milhões de toneladas no Canadá e 8 milhões de toneladas na Indonésia. Já o cobre, a Vale conta com volume de 14 milhões de toneladas no Brasil e 18 milhões de toneladas na Indonésia.

A Vale estima que a demanda de níquel crescerá a 6,2 milhões de toneladas por ano até 2030, impulsionada principalmente pelo aumento da demanda por bateria.

Com o cobre, a estimativa é de que a demanda chegue a 37 milhões de toneladas por ano até 2030, seguindo a tendência de crescimento das vendas por carros elétricos e pelo aumento da produção de energias renováveis.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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