Mercados

O urso tá solto: Especuladores levam futuros do petróleo a maior posição pessimista desde 2009

18 ago 2025, 12:19 - atualizado em 18 ago 2025, 12:19
petróleo
Futuros do WTI registram maior pessimismo desde 2009, com investidores reforçando apostas de queda diante da fraqueza econômica global e do cenário geopolítico. (Montagem: Money Times)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os especuladores do mercado de petróleo estão cada vez mais pessimistas, com os contratos futuros de WTI registrando o primeiro net short combinado nas bolsas CME e ICE ou seja, mais apostas na queda do que na alta do preço do petróleo. Essa é a primeira vez desde 2009 que os investidores adotam um posicionamento tão baixista.

Na CME, as posições líquidas compradas (net long) de WTI caíram 80% neste ano, para 49 mil lotes. Na ICE, o WTI apresenta um net short de 53,3 mil lotes. Os futuros de Brent também sofreram pressão de venda, fazendo com que a posição líquida combinada de Brent e WTI atingisse a mínima de três meses.

O mercado de Brent registrou movimentos semelhantes na última semana, com especuladores reduzindo apostas de alta e ampliando posições vendidas, reforçando o cenário de queda para o petróleo.

O que mexe com o petróleo

O movimento de baixa no petróleo tem sido apoiado por fatores internacionais. A incerteza sobre novas sanções à Rússia tem contribuído para o equilíbrio do mercado: a ausência de restrições adicionais dos Estados Unidos à exportação de petróleo russo ajudou a manter o suprimento global relativamente estável, reduzindo pressões imediatas sobre os preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, a desaceleração da economia global impacta diretamente a demanda por energia. Países da OCDE e a China registram crescimento econômico mais lento, o que diminui o consumo de energia e pressiona a demanda por petróleo para baixo.

Revisões recentes em projeções de organismos internacionais reforçam essa tendência. Tanto a Agência Internacional de Energia (IEA) quanto outras instituições do setor reduziram suas estimativas de crescimento da demanda mundial para 2025, sinalizando perspectivas mais cautelosas para o mercado.

*Com informações do site Oil Price

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.