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Odontoprev ganha margens na pandemia, mas receitas não acompanham

30 abr 2021, 13:48 - atualizado em 30 abr 2021, 13:48
OdontoPrev
A Odontoprev atingiu sinistralidade de 37,9% no trimestre, uma queda de 265 pontos-base em relação a igual período de 2020 (Imagem: Reprodução/YouTube OdontoPrevOficial)

Os resultados do primeiro trimestre da Odontoprev (ODPV3) dividiram opiniões. Enquanto a Genial Investimentos teve uma leitura mais positiva sobre os números, principalmente em relação ao lucro líquido de R$ 108,7 milhões e ao crescimento da base de clientes (mais 33 mil adições nos primeiros três meses de 2021), o Safra adotou uma visão neutra. Para o banco, a companhia registrou um desempenho fraco em receita, mas surpreendeu com um DLR (Dental Loss Ratio, sinistralidade odontológica) menor que o esperado, levando a margens mais elevadas.

A Odontoprev atingiu sinistralidade de 37,9% no trimestre, uma queda de 265 pontos-base em relação a igual período de 2020. O indicador também veio 350 pontos-base melhor que as estimativas do Safra.

“A companhia não esclareceu, mas nós suspeitamos que os números de DLR podem ter ficado significativamente abaixo dos níveis normais devido à segunda onda da pandemia de Covid-19 no Brasil”, destacou o analista Ricardo Boiati, em relatório divulgado ontem. “Os DLR para os segmentos Corporativo e PMEs (pequenas e médias empresas), por exemplo, atingiram o segundo menor nível desde 2014 (perdendo apenas para o segundo trimestre de 2020, quando veio a primeira onda da pandemia)”.

O DLR, somado à melhora das despesas gerais, administrativas e com vendas, levou a um crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, para R$ 159,8 milhões.

A receita líquida ficou em R$ 451,4 milhões, representando leve queda de 0,8% em relação aos R$ 455 milhões reportados no primeiro trimestre do ano passado.

O Safra manteve a recomendação neutra para o papel da Odontoprev, com preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 16,40. Segundo o banco, mesmo com a melhora na sinistralidade, as tendências para o indicador continuam incertas. Além disso, o valuation atual, de 20 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2021, parece justo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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