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Oi e 5G: TIM terá pacote de boas notícias para alavancar as ações

04 dez 2020, 15:06 - atualizado em 04 dez 2020, 15:58
A corretora manteve a recomendação de compra dos papéis da tele, com preço-alvo de R$ 20, o que implica valorização de 39% (Imagem: Divulgação/Redes sociais)

O BTG (BPAC11) saiu satisfeito da reunião que teve com a equipe de gestão da TIM (TIMS3), mostra relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (4).

Segundo os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Ricardo Cavalieri, o encontro confirmou a visão de que a TIM se beneficiará enormemente das mudanças do setor móvel, já que é a principal companhia do segmento.

A corretora manteve a recomendação de compra dos papéis da tele, com preço-alvo de R$ 20, o que implica valorização de 39% em relação ao último fechamento.

Um dos principais fatores que devem impulsionar a TIM está na venda da operação móvel da Oi (OIBR3;OIBR4), a quarta maior operadora do país.

A administração da TIM espera sinergias de investimentos consideráveis e relativamente rápidas com a aquisição das operações móveis. Os analistas preveem que a empresa herde a maior parte da Oi.

“A infraestrutura de fibra neutra da Oi (InfraCo) pode ter um impacto muito positivo na decisão de alocação de capital do setor, ou seja, deve melhorar o retorno sobre o capital investido”, pontuaram.

Para a operadora, um mercado de três players apoiado por uma infraestrutura de fibra em todo o país é uma estrutura saudável para o setor.

A TIM também avalia que a compra de parte da Oi irá consolidar as atividades comerciais por um lado e diminuir as despesas gerais e administrativas por outro.

“Em suma, a aquisição da operação móvel da Oi deve ter um impacto positivo na margem de fluxo de caixa operacional livre (FCF operacional) da TIM nos próximos anos”, dizem.

O leilão das operações móveis da Oi está programado para 14 de dezembro.

Rede neutra

Outra boa notícia para tele é a implantação da sua própria rede de fibra. Porém, o ritmo de execução segue lento quando comparado ao desenvolvimento de outras redes.

Até o momento, a TIM tem passado na frente de 300 mil residências com fibra a cada trimestre e conectando cerca de 3 mil clientes em média.

“Para acelerar a implantação da fibra, sem aumentar muito o investimento, ela decidiu fazer parceria com investidores externos. Ela espera anunciar seu parceiro na implantação de uma rede de fibra neutra no início de 2021”, apontaram as especialistas.

Sobre o leilão do governo, a TIM afirma que há uma quantidade relativamente grande de espectro na banda de frequência de 3,5 GHz (Imagem: REUTERS/Yves Herman)

5G

A nova rede de 5G promete fazer uma revolução no setor de teles. A TIM vê o acesso fixo-wireless, utilizando a tecnologia, como uma excelente oportunidade de negócio.

A empresa acredita que pode usar o FWA (redes fixas sem fio) para alcançar clientes em locais onde seria economicamente inviável implantar a rede usando fibra.

Hoje essa tecnologia é cara, com os custos dos equipamentos variando entre US$ 300 e US$ 350.

“Conforme os custos do CPE 5G diminuem, a tecnologia FWA deve ganhar competitividade e ser especialmente atraente em áreas com baixa densidade populacional”, destacaram.

Sobre o leilão do governo, a TIM afirma que há uma quantidade relativamente grande de espectro na banda de frequência de 3,5 GHz para que todos as empresas tenham uma posição de espectro confortável para desenvolver seus negócios 5G.

Além disso, a companhia também acredita que a Anatel fará um leilão que favoreça o investimento e a implantação da rede, ao invés do maior preço possível.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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