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Oi fecha em estável após balanço trazer prejuízo de R$ 5,7 bi no 3º trimestre

02 dez 2019, 18:30 - atualizado em 02 dez 2019, 18:30
Oi
A companhia adiou a divulgação de seu resultado de terceiro trimestre, prevista inicialmente para o mês passado (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Por Investing.com. As ações da Oi (OIBR3OIBR4) fecharam estáveis depois de reportar mais cedo prejuízo líquido atribuído ao acionista controlador no terceiro trimestre R$ 5,7 bilhões, um salto em relação à perda apurada um ano antes, de R$ 1,3 bilhão, conforme dados consolidados.

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Os papéis não variaram e encerraram a sessão negociados a R$ 0,92. Na mínima do dia, o papel tocou nos R$ 0,82.

O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina com IFRS 16 ficou em R$ 1,37 bilhão, queda de 14% em relação ao segundo trimestre. A margem Ebitda de rotina caiu a 27,5%, ante 31,4%.

A companhia adiou a divulgação de seu resultado de terceiro trimestre, prevista inicialmente para o mês passado, citando trabalho adicional gerado pela necessidade de realizar auditoria completa sobre os números e cumprir um acordo prévio acertado com o órgão fiscalizador dos mercados do Estados Unidos (SEC).

A receita líquida de clientes no Brasil totalizou R$ 4,8 bilhões, queda de 7,8% na comparação ano a ano, com o Ebitda de rotina somando R$ 1 bilhão, declínio de 30,7% na mesma base de comparação.

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A operadora de telefonia encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de 14,7 bilhões de reais e caixa disponível de 3,18 bilhões de reais, ante 15,57 bilhões e 4,3 bilhões de reais no final de junho.

O capex ficou praticamente estável na base trimestral (+0,2%), somando 2,065 bilhões de reais no terceiro trimestre.

Para o BTG Pactual, os números apresentados pela Oi foram fracos, mas não surpreenderam do ponto de vista operacional. Os analistas destacam que, de fato, a empresa revisou guidance há um mês, indicando EBITDA para 2019 na faixa de R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões – em linha com os R$ 3,5 bilhões reportados nos nove primeiros meses.

Do lado positivo, as receitas de telefonia móvel pessoal aumentaram 1,8% em uma base sequencial, o melhor resultado em dois anos. Outro destaque positivo foi a confirmação de que a PT Ventures (subsidiária da Oi (SA:OIBR3)) recebeu em novembro US$ 33,1 milhões em dividendos extraordinários da Unitel, relacionados aos dividendos declarados pela Unitel na assembleia geral de 16 de novembro de 2010.

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Outro ponto de destaque foi o fato de que na teleconferência de resultados do 3T19, a Oi (SA:OIBR3) anunciou que está trabalhando em um empréstimo-ponte de US$ 600 milhões (R$ 2,5 bilhões), com um compromisso firme de US$ 400 milhões já em vigor, o que deve dar à empresa espaço para respirar, enquanto trabalha em longo prazo financiamento.

Eles entendem que a venda de ativos não essenciais (Unitel e outros) também deve ajudar a mitigar a dinâmica negativa do fluxo de caixa livre no curto prazo. O BTG mantém a posição positiva, pois vê a Oi (SA:OIBR3) como um ativo estratégico exclusivo para players locais e estrangeiros.

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investing@moneytimes.com.br