Empresas

Oi (OIBR3) à beira da falência? Justiça concede antecipação parcial e determina afastamento de diretoria

01 out 2025, 9:00 - atualizado em 01 out 2025, 9:00
Oi, OIBR3, Empresas, Mercados
Justiça afasta diretoria da Oi e nomeia gestores para transição de serviços públicos, enquanto dívida e prejuízos da empresa aumentam. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Justiça interveio no processo de recuperação judicial (RJ) da Oi (OIBR3), com o afastamento da atual diretoria e a suspensão, por 30 dias, das cobranças de dívidas que surgiram após o pedido de RJ. Houve ainda a nomeação de Bruno Rezende e Tatiana Binato para conduzir a transição dos serviços públicos prestados pela companhia e para intervir na gestão de parte das empresas do grupo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão do Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro antecipa parcialmente a falência da Oi. Ainda que, na prática, o estado de falência não esteja imediatamente decretado, as decisões tomadas pela Justiça são parte da antecipação.

Os nomes indicados, atuarão como gestores responsáveis pela manutenção das operações. Segundo a decisão, Bruno Rezendeficará encarregado de “trazer a este Juízo toda e qualquer operação realizada pela empresa que importe em oneração ou alienação de seu patrimônio”.

Já Tatiana Binato será responsável pela gestão e transição de subsidiárias da Oi a outros prestadores de serviços.

Entre as razões para o afastamento da diretoria, está o chamado “esvaziamento patrimonial”, incluindo a contratação de profissionais de alto custo, como advogados para conduzir a recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11), que a companhia pretendia realizar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O estado da Oi

Há anos, a empresa passa por dificuldades financeiras e, mesmo com a venda de ativos, não conseguiuse recuperar, com suas ações caindo abaixo de R$ 1. Vale lembrar que a atual é a segunda recuperação judicial da empresa de telecomunicações.

No segundo trimestre deste ano, o prejuízo líquido da Oi atingiu R$ 835 milhões, uma reversão do lucro de R$ 15 bilhões de um ano antes, quando houve ganho de natureza contábil.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi negativo em R$ 91 milhões, uma perda 8,6% maior do que a registrada no mesmo período de 2024.

A receita líquida somou R$ 714 milhões no trimestre, queda de 66,7% em relação ao ano anterior. Já os custos e despesas totalizaram R$ 804 milhões, recuo de 63,9% na mesma base de comparação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A dívida líquida da companhia subiu para R$ 10 bilhões, alta de 50,9% frente ao 2T24. O caixa ao fim do trimestre foi de R$ 1,1 bilhão, representando uma queda de 39,8% ante o 2T24. O fluxo de caixa foi negativo em R$ 139 milhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar