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Oi (OIBR3) à beira do calote, diz Standard & Poor’s

03 fev 2023, 18:46 - atualizado em 04 fev 2023, 13:40
Oi (OIBR3;OIBR4)
O pagamento de juros da empresa com vencimento em 5 de fevereiro de 2023 totaliza US$ 82 milhões, juntamente com outros passivos menores (Imagem: Gustavo Gomes/Bloomberg)

A Standard & Poor’s rebaixou, nesta sexta-feira (3), o rating da Oi (OIBR3;OIBR4) em moeda local de CCC para D, o que significa default, ou calote.

De acordo com a agência classificadora de risco, os ratings ‘D’ “refletem nossa visão de que a tutela cautelar concedida à Oi é semelhante a uma suspensão de pagamento da dívida (standstill), uma vez que permite que a empresa não pague nenhuma de suas obrigações financeiras nos próximos 30 dias”.

Mais cedo, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de tutela cautelar, em caráter de urgência. O objetivo da liminar é proteger o caixa da companhia de telecomunicações dos credores, uma vez que saiu de recuperação judicial no fim do ano passado e não tem caixa para quitar dívidas.

O pagamento de juros da empresa com vencimento em 5 de fevereiro de 2023 totaliza US$ 82 milhões, juntamente com outros passivos menores.

A S&P diz que outra possibilidade seria a empresa chegar a um acordo com os credores para reestruturar sua dívida, o que consideraríamos um default de fato, dada a posição financeira estressada da Oi.

“A Oi vem apresentando métricas de crédito abaixo da média, com fluxos de caixa fracos e cobertura de juros pelo Ebitda, que mede o resultado operacional, abaixo de 1x”, coloca.

Em novembro de 2022, a Oi contratou um consultor financeiro para auxiliar na negociação com os credores e adequar sua estrutura de capital, que ainda era altamente alavancada.

“O pedido de tutela cautelar da Oi sugere que as negociações demoraram mais do que o esperado, levando a empresa a agir para proteger sua posição de caixa e suas operações”, diz.

Entenda o que aconteceu com a Oi

Na quinta feira, a Oi apresentou o pedido de tutela de urgência cautelar. A media tinha o objetivo de proteger preventivamente a companhia de telecomunicações dos credores.

O pedido pedia a suspensão da exigibilidade de certas obrigações da Oi, visando a proteção do seu caixa.

Além disso, permitia a continuidade das negociações da companhia com seus credores, com os quais detém cerca de R$ 29 bilhões em dívidas, incluindo bancos e detentores de títulos.

A companhia também disse que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas não obteve sucesso. Segundo a Oi, suas dívidas somam R$ 29 bilhões.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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